• Carregando...

Não deixar o principal adversário abrir vantagem na luta pelo título da temporada do WTCC (Campeonato Mundial de Carros de Turismo). Foi com esse objetivo que o paranaense Augusto Far­­fus Júnior chegou ontem a Ímola, na Itália, onde serão disputadas no domingo as duas próximas baterias da competição.

Apenas um ponto o separa do italiano Gabriele Tarquini, líder do campeonato. Porém no fim de semana a vantagem estará toda com o carro do piloto da casa. "Ímola será uma das pistas mais difíceis. As retas em subida favorecem o câmbio de seis marchas e o motor turbodiesel dos Seat", afirma Farfus.

Mas ele confia em uma boa performance de sua BMW – de cinco marchas e movida pelo motor à gasolina, sem turbo – para não deixar Tarquini desgarrar e o ex-líder, o francês Yvan Muller, também da Seat, se aproximar novamente. "Eles querem abrir agora. Meu objetivo é tentar manter a diferença. Depois, Macau e Japão são dois territórios neutros, ninguém conhece as pistas direito e poderemos lutar de igual para igual", planeja.

Criado para diminuir desvantagens técnicas, como o motor turbo, o sistema de lastro só passou a ser usado no terceiro encontro do ano, no Marrocos – os dois primeiros, no Brasil e no México, serviram para calcular as diferenças. O início da BMW não foi bom, mas o paranaense reagiu a partir das provas na França e na Es­­panha.

Na República Tcheca, porém, um acidente difícil de explicar poderia ter colocado tudo a perder. Ele simplesmente perdeu o controle, cruzou a pista e acertou quatro carros. "Foi a pior etapa do ano. Infelizmente um erro meu. Mas todos cometem erros e é preciso tentar construir algo em cima deles. Foi o que eu fiz. A BMW entendeu e continuou me apoiando", discursa.

O piloto recuperou rapidamente a confiança e venceu três das seis últimas baterias – disputadas em Portugal, na Inglaterra e na Alemanha. Com os resultados, ultrapassou Muller e se manteve muito próximo a Tarquini. "So­­mos realistas. Não temos o me­­lhor carro, mas temos a me­­lhor equipe. Podemos sim chegar ao título, eu de pilotos e a BMW de construtores (a diferença também é de apenas um ponto). Va­­mos ver como ficam as coisas depois deste fim de semana."

O momento de definição também se aplica à carreira de Farfus. A BMW deixará a Fórmula 1 em 2010, mas, segundo o piloto, não pretende sair de todas as competições. "Tenho algumas propostas, da Europa e dos Estados Uni­dos, mas gostaria de continuar na equipe. Espero resolver tudo nos próximos 15 ou 20 dias", adianta, torcendo para continuar firme na briga pelo título enquanto negocia onde correrá na próxima temporada.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]