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O Rexona-Ades comemora no sábado, contra a equipe do Vôlei Futuro, na terceira partida das quartas-de-final da Superliga Feminina, dez anos da criação de seu time de vôlei. O local escolhido para sediar a partida foi Curitiba, a cidade que deu origem ao projeto socioesportivo da empresa, atualmente sediada no Rio de Janeiro.

Mas mesmo que esteja sendo preparada uma grande festa no Ginásio do Círculo Militar, com apoio do governo estadual, de antemão se sabe que a comemoração não estará completa. Há poucos quilômetros dali, um personagem que por sete anos fez parte da história da equipe tricampeã nacional estará só, relegado da folia para ser alvo apenas de pichadores, que têm como principal ocupação depredar o patrimônio público.

Ainda restam no Ginásio do Tarumã as cores em verde e azul das arquibancadas, marca registrada do palco dos títulos das temporadas de 97/98 e 99/00 da Superliga. Mas já faz sete meses que nada acontece por ali. Desde o dia 27 de julho de 2006, o local está interditado pelo extinto Decom (Departamento Estadual de Compras, Obras e Manutenção).

Do lado de fora, é fácil verificar a situação de abandono do ginásio. Além das marcas dos vândalos, apenas a grama que cresce na volta. Há também um ônibus velho largado no estacionamento.

Na rotina diária do local, que por vários anos contou com a agitação das crianças dando cortadas e saques em incontáceis treinamentos, hoje restam não mais do que cinco pessoas. Elas passam o dia esperando por algum telefonema que indique para uma solução dos problemas que nem sabem explicar direito quais são. Goteiras dizem uns; esgoto, outros.

Mas a situação é bem mais séria do que imaginam os funcionários: o prédio está com o telhado podre. Feito todo de madeiras coladas, o teto poderia cair a qualquer momento. Essa ao menos é a justificativa para serem proibidas até fotos lá de dentro.

"Foi uma medida preventiva. Fomos fazer a manutenção de duas vigas e percebemos que outras poderiam estar na mesma situação", explica Rui Polatti, o engenheiro chefe da Secretaria Estadual de Obras Públicas, orgão agora responsável pelo caso.

Mais quatro vigas de madeira que dão suporte para o teto estão podres. Mas depois de feita essa análise, que durou longos sete meses, a secretaria ainda diz precisar de um prazo de mais 30 dias para enviar o custo da reforma para a Paraná Esportes. A partir daí, será necessário conseguir uma verba extra no orçamento, para só então se fazer a licitação. Ou seja, a data para o retorno do Ginásio do Tarumã à ativa é desconhecida.

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