Acidente fatal marca o quarto dia de provas

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Ouarzazate – O Rali Dacar, a mais tradicional e perigosa prova de aventura do mundo, registrou, já de início, um acidente fatal em sua edição 2007. O piloto sul-africano Elmer Symons, na categoria das motos, sofreu um acidente ontem, no quilômetro 142 da etapa especial cronometrada entre as cidades de Er Rachidia e Ouarzazate, no Marrocos, e tornou-se a 50.ª vítima na história da prova (entre competidores, membros da organização e espectadores). O helicóptero médico da organização da disputa chegou ao local do acidente oito minutos depois da queda de Symons, mas ele já estava morto. O piloto teria saído da rota prevista e batido na lateral de um rio seco.

Empresário especializado na exportação de peças mecânicas da África do Sul para os Estados Unidos, Symons tinha 29 anos e disputava o Rally Dakar pela primeira vez, após ter corrido a prova em duas ocasiões em uma equipe de apoio. Depois de três etapas disputadas, Symons ocupava a 18.a posição na classificação geral das motos. O infortúnio revelou uma trágica coincidência: a última morte de um competidor no rali tinha acontecido há exatamente um ano, no dia 9 de janeiro de 2006, quando o piloto australiano Andy Caldecott sofreu acidente fatal com sua moto.

Depois de mais uma morte na história do Rali Dacar, o diretor da prova, Etienne Lavigne, confirmou a continuação ininterrupta da disputa. "Essas corridas são muito difíceis, mas os que participam sabem que há riscos. A história do Dacar está repleta desse tipo de acidente", afirmou. Trata-se de uma medida inédita. Em casos de morte nos anos anteriores, etapas foram canceladas por pressão dos demais competidores. A primeira morte no rali foi a do piloto francês Patrick Dodin, logo na edição de estréia da prova, em 1979. O ano mais trágico foi o de 1986, com sete mortos, entre eles o organizador e criador do evento, o francês Thierry Sabine.

O melhor desempenho dos brasileiros no dia de ontem foi na categoria caminhões. Com tempo de 5h34min22s, o piloto André Azevedo chegou em quinto lugar, 38 minutos mais lento que o veículo do russo Vladimir Chagin, vencedor da etapa do dia. Com isso, André, que compete ao lado de Maykel Justo e Mira Martinec, pulou da nona para a sexta posição na classificação geral dos caminhões.