Acompanhado do azar, Paraná perde para o Avaí em Florianópolis

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Gol com desvio, pênalti contestável e até gol de goleiro. Quando a fase é ruim, estar acompanhado do azar é rotina. O time do Paraná Clube é prova viva disto. Reforçado e mostrando um bom futebol no Estádio da Ressacada, o Tricolor parecia fadado a trazer pontos de Florianópolis, mas acabou derrotado pelo Avaí por 3 a 1. Esta foi a sétima derrota consecutiva da equipe na Série B do Brasileirão, a primeira neste returno.

O técnico Paulo Comelli mandou a campo quatro novidades – o zagueiro Leandro, o lateral-esquerdo Fabinho, o atacante Ricardinho e o goleiro Mauro. A expectativa é de que todos fossem dar vida nova ao Paraná, e isto quase aconteceu, não fosse o "frango" incrível que Mauro tomou. Crédito de Eduardo Martini, arqueiro do Avaí que não tinha nada a perder e, com um tiro de meta certeiro, colocou os catarinenses na frente.

Mesmo atrás no marcador o tempo todo, os paranistas nunca desistiram e buscaram o resultado até o fim da partida. Mas foram castigados por mais um lance infeliz, com Marquinhos - que comemorava o seu jogo de número 100 pelo Avaí - chutando nas pernas de Leandro e a bola encobrindo Mauro mais uma vez, e por um pênalti sobre Odair bastante duvidoso. No final, faltou pontaria para o Tricolor alcançar pelo menos um empate.

Restam 18 jogos ao Paraná neste segundo turno e o time precisa de 11 vitórias para não depender de ninguém e evitar a queda para a Série C. O primeiro triunfo pode vir nesta terça-feira, quando o Tricolor recebe o Fortaleza, às 19h30, na Vila Capanema. No mesmo dia, o Avaí vai a Natal encarar o ABC. Os catarinenses seguem no G-4 e com boas chances de subir para a Série A em 2009.

Um bom time começa por um bom goleiro. Azar do Paraná

Com quatro reforços em campo, o Paraná entrou em campo na Ressacada com a idéia de mostrar um futebol totalmente novo, na tentativa de surpreender e trazer os três pontos. Mas quando a bola começou a rolar, quem tomou a iniciativa foi o Avaí, que imprimiu uma pressão no início. Os cruzamentos na área e os chutes de longa distância eram as principais armas dos catarinenses.

Muito desentrosado, o Tricolor errava muitos passes nos primeiros 10 minutos, mas dali em diante a equipe começou a se achar no jogo. Só não contava com uma falha ridícula do goleiro Mauro, contratado para resolver os problemas na meta paranista.

Aos 12, Eduardo Martini cobrou tiro de meta da sua área, a bola passou por todo o campo, e quicou na intermediária do Paraná. Adiantado, Mauro acabou encoberto, mostrando que mais do que um péssimo futebol, o Tricolor está sem sorte também."Realizei um sonho aqui, conseguindo marcar este gol", declarou Eduardo Martini no fim do primeiro tempo.

Mesmo atrás no marcador, os visitantes não diminuíram o ritmo e passaram a dominar o meio-campo. A defesa do Avaí passou a sofrer pressão e os donos da casa só chegavam em alguns poucos contra-ataques. Em um deles, Marquinhos quase fez o segundo, cruzando uma bola cheia de veneno, e vendo Mauro não sair do gol. Pouco antes, Leonardo quase empatou, e minutos depois o camisa 9 acionou Ricardinho, que jogava bem, e chutou para fora uma boa oportunidade.

Quando o Paraná tinha um bom domínio da partida e o empate parecia questão de tempo, o Avaí fez o segundo. Marquinhos avançou com a bola e tentou cruzar, mas a bola bateu em Leandro, subiu e encobriu Mauro mais uma vez no jogo. Depois do segundo gol sofrido, os paranistas demoraram a se encontrar, porém o placar já dilatado foi diminuído pela perseverança do time. Leonardo fez boa jogada com Fabinho e o ala cruzou para Cristian, de carrinho, marcar.

O gol já no fim do primeiro tempo e o bom futebol apresentado dava à torcida a impressão de que pelo menos um empate poderia vir de Florianópolis.

Pênalti no segundo tempo vira balde de água fria

"Estamos jogando bem, podemos vencer este jogo!" A frase quase profética foi dita pelo meia Gláucio antes do segundo tempo começar. Assim que o Tricolor deu início à etapa final, porém, o Avaí foi para a pressão, principalmente pelas modificações feitas pelo técnico Silas, insatisfeito com os primeiros 45 minutos dos seus comandados.

Mas o Paraná se segurava bem, até os oito minutos, quando Odair fez bonita jogada individual, e sofreu um tranco de Daniel Marques. O árbitro Willian Marcelo Souza Nery marcou pênalti em um lance contestável, e Evando despejou o balde de água fria em cima dos visitantes.

Logo após o terceiro gol, Paulo Comelli promoveu a entrada de Marcelinho no lugar de Leonardo, que saiu bastante contrariado. Mas a modificação pouco surtiu efeito, já que o Paraná demorou a se reorganizar, e o Avaí se dedicou exclusivamente a marcar forte, sobretudo no meio-campo. O Tricolor chegou pouco, e quando a jogada saia, parava em Eduardo Martini.

Entretanto, a partir dos 20 minutos, a proposta de apenas se defender e sair no contra-ataque do Avaí fez o Paraná passar a rondar constantemente a área catarinense. Faltava ao Tricolor chutar a gol com mais freqüência. Para conseguir isto, o treinador paranista ainda colocou Cristiano e Elvis na partida, mas o resultado não foi o esperado. Quem chegou muito perto de mais um gol foi o Avaí, após falha de Leandro. Contudo, Daniel Marques evitou o pior. Mas o estrago já estava sacramentado.