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Denílson, o herói do título, é abraçado por Saulo e João Antônio: faltavam dois para o penta | Edson Silva/Arquivo/Gazeta do Povo
Denílson, o herói do título, é abraçado por Saulo e João Antônio: faltavam dois para o penta| Foto: Edson Silva/Arquivo/Gazeta do Povo

O ano em que...

... FHC iniciou o seu primeiro mandato como presidente do Brasil.

... "Pelados em Santos", dos Mamonas Assassinas, ficou no top das paradas brasileiras.

... E "Gangsta’s Paradise", do rapper Coolio, liderou a lista da Billboard.

... Entraram no ar o portal Yahoo! e o site de compra e venda eBay.

... Foi inventado o DVD.

... Coração Valente dominou o Oscar.

... O pastor Sérgio Von Helde chuta a imagem de Nossa Senhora Aparecido, ao vivo, na tevê.

... No Zaire, epidemia do vírus Ebola matou centenas de pessoas.

Pela primeira vez em 15 anos, o futebol paranaense terá apenas um representante na Série A, o Atlético. Cenário semelhante ao de 1995, quando coube ao Paraná ser o único time do estado na elite nacional.

Na preparação para a disputa contra os grandes do país, o Tricolor conquistou o terceiro título consecutivo no estado. Uma competição marcada por uma revolução na Baixada e a passagem meteórica do ídolo de uma das maiores torcidas brasileiras por um clube que inaugurava a série de mudanças de sede que marca a história recente do futebol paranaense.

O Estadual de 95 teve 20 clubes, alguns deles hoje inativos, como Coronel Vivida, Jandaia e Comercial de Cornélio Procópio. Na primeira fase, as equipes foram divididas em duas chaves, com a classificação de oito. Então, nova disputa, um octogonal de dois turnos, com o campeão de cada um avançando à final.

Após essa maratona de 32 jogos, Coritiba e Paraná chegaram à decisão. No Couto Pereira, 0 a 0. No Pinheirão, o placar se repetia até os minutos finais, quando Ademir Alcântara perdeu um gol de frente para Régis. No contra-ataque, o nada famoso lateral-direito Denilson acertou um chute do meio da rua, aos 44 minutos, para dar o tri aos paranistas.

"O Coritiba tinha um time muito forte tecnicamente, com o Ronaldão, ex-São Paulo, na zaga, o Alex, o Pa­­chequinho, o Macedo. A gente sabia que seria muito difícil jogar dentro do Couto, mas conseguimos o empate e depois levantamos o título no Pinheirão", conta o zagueiro Edinho Baiano, titular da defesa paranista.

Esse mesmo Coritiba exaltado pelo campeão Edinho havia sido o pivô de uma revolução no maior rival. No dia 16 de abril, com três gols de Brandão o Coxa fez 5 a 1 no Atlético, no lendário Atletiba da Páscoa. No dia seguinte, Mário Celso Petraglia começou um movimento que o levou à presidência do clube e e deu início a um período de modernização, títulos e desenvolvimento jamais visto anteriormente na história rubro-negra.

No interior, a novidade começava no Norte Pioneiro e terminava em Londrina. Foi este o trajeto do Mat­­subara, de Cambará, naquele campeonato. Interessado em atrair mais torcida, o time de Sueo Matsu­bara fez do Estádio do Café sua casa e contratou jogadores experientes. O ícone dessa política foi o meia Ne­­to, campeão brasileiro cinco anos an­tes pelo Corinthians, um dos mai­ores ídolos da história alvinegra.

"Londrina foi um dos lugares onde eu fui mais feliz na minha vida. Fui recebido muito bem por torcedores e jogadores, fiz muitas amizades, como o Edmilson (atacante, atualmente no Monte Azul-SP), o Sidiclei (volante, com passagens pelo Japão e Atlético), o Pau­li­nho (ex-goleiro)", conta o hoje co­­­mentarista de tevê, para quem o terceiro lugar foi pouco para o Mat­subara. "Era para termos sido campeões", diz.

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