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Da água pro vinho – com intervenção romana. Em dois meses, tudo mudou para Roma e Atlético Paranavaí. No dia sete de maio deste ano, o ACP comemorava com um empate na Vila Capanema contra o Paraná o título paranaense, feito histórico. Longe da festa em Paranavaí, o Roma juntava os cacos do rebaixamento para a Série Prata do Estadual. O futuro parecia glorioso para um e obscuro para outro. Engano.

O tempo passou e enquanto o Paranavaí perdeu Amauri Knevitz, Tiago, Vanderlei, Rodrigo de Lazzari e outros, o Roma se armou, incluindo dois campeões pelo ACP: Edenílson e Márcio. E ao olhar a tabela da primeira fase da Série C do Brasileiro, teve apostador da Loteca que ficou louco Brasil afora: o rebaixado Roma lidera o Grupo 15, invicto e com três vitórias em quatro jogos. Já o campeão paranaense é o lanterna, com apenas dois pontos. O que houve?

"Na verdade, nós diminuímos muito o investimento, em quase 40%. E aconteceu isso aí", conta Lourival Furquim, diretor do ACP. Por paradoxal que pareça, o inverso aconteceu em Apucarana. Primeiro, um racha na diretoria manteve a equipe na cidade. O ex-presidente Antônio Antonini queria levar para o Londrina a estrutura. Não conseguiu. Quem ficou, como Sérgio Kowalski, foi buscar jogadores em times que haviam ido bem no Paranaense. "Contratamos um bom técnico e reformulamos a equipe. Pegamos diversos jogadores do Paranavaí e do Cascavel", conta.

Ele disse que investir na Terceirona é um risco. "Não é rentável ainda. Há muita despesa", assume, emendando sobre o apoio da cidade: "Apucarana, como o time tinha caído, estava descrente. Mas no último jogo, levamos mais de mil pessoas ao estádio". O ACP parece abandonado após o título. "A presença de público é pequena. No último jogo deu 150 pagantes", diz Furquim. "Pelo título estadual, a gente tinha que dar uma satisfação. Mas tinha muita dúvida. A Série C não caiu nas graças do pessoal".

Ambos se encontram na próxima rodada, domingo, mas já pensam o futuro de modo diferente. O ACP liberou o ex-técnico do Atlético "B", Ivo Secchi, para assumir o Cene-MS e vai terminar a disputa com um interino, jogando a toalha. A idéia é pensar no Paranaense 2008. "Vamos pensar na montagem do time do próximo ano. Para a Série C, não houve interesse de 80% dos patrocinadores", conta, desmentindo (ao menos para o seu time) a regra de que o Estadual é deficitário.

No Roma, o sonho é mais alto. Com a vaga garantida na Copa do Brasil do ano que vem (venceu a Copa 100 anos em 2006), Kowalski já pensa em dar um passo a mais. "Vamos nos preparar para jogar a Série B, com o apoio da cidade. A gente vai lutar passo a passo, mesmo com as dificuldades". Para quem viu o milagre "romano", sonhar não custa nada.

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