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Alguns dos árbitros acusados de corrupção por Evandro Rogério Roman partiram para o contra-ataque. Acham que estão sendo usados para desviar o foco das investigações: a busca pelo verdadeiro "Bruxo" – o operador do esquema para manipular resultados.

"Agora nós somos os bruxos? Até onde eu sei, essa pessoa estaria ligada à FPF. Será que estão dispostos a deixar limpo alguém próximo ao poder?", indagou Amorety Carlos da Cruz – apontando como um dos mentores da "máfia" pelo colega de profissão.

Sandro da Rocha – citado como alguém que teria achado R$ 1.750 de propina, uma quantia irrelevante para dividir com outros quatro membros do esquema – também virou o alvo. Deixou a insinuação que poderia ter sido usado por terceiros.

"Se eu fui negociado, não estava sabendo e quem pagou (o Marechal Cândido Rondon) ficou sem o prêmio", disse ele, rechaçando às suspeitas. "Entrei no quadro da CBF este ano. Todo mundo conhece minha honestidade."

Marcos Tadeu Mafra não jogou lama, mas levou documentos ontem à Federação Paranaense de Futebol para mostrar inocência. O juiz queria provar que não havia sido expulso da Federação de Futsal (como foi dito por Roman) e muito menos apitado um jogo entre Engenheiro Beltrão e Cascavel, na Série Prata de 2004. Nesta partida, haveria indícios de manipulação.

"Quem mediou esse confronto foi o Roberto Lopes. Não tenho nada a ver com isso tudo. Deixei protocolado toda essa papelada no Tribunal de Justiça Desportiva", argumentou. "Quero mostrar que sou inocente, mas não pretendo entrar na Justiça contra quem me acusa."

Na mesma linha partiu Salazar, responsável pelo duelo entre Operário e São José, quando um dirigente do time ponta-grossense separou R$ 2 mil para pagar ao "Bruxo". "O rumo das coisas mudaram, o prório Sacerdote Filho (auditor do TJD) acha isso. Ele só não pode apontar o verdadeiro culpado por falta de provas", analisou.

Em Londres, José Francisco de Oliveira (o Cidão) também se pronunciou – mas em tom irônico. "O Evandro não pode ver uma câmera de tevê e um pote de gel. Ele quis se exibir para a mídia", cutucou. "Já estou sendo cobrado por amigos para dizer quem é o responsável por tudo isso. Essa bomba não vai ficar só na mão dos árbitros, não."

Carlos Jack Rodrigues Magno, outro apontado como líder do grupo de corruptos, promete recorrer às vias judiciais. "Estou tratando tudo com meu advogado. O olho saiu da Federação. De repente, árbitros do interior atacam os da capital. Sei lá... Não vou sair atirando."

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