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A diretoria do Adap Galo de Maringá vai recorrer da decisão do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná, que nesta quinta-feira acatou parcialmente a solicitação feita pelo J.Malucelli para impugnar o jogo entre as equipes, realizado em 31 de janeiro.

O Jotinha pediu a anulação do jogo porque o gol de empate marcado pelos visitantes aconteceu irregularmente, ferindo a regra oito da International Board (que determina as regras do futebol), que prevê que o jogo só poder ser iniciado com os jogadores em seu campo de jogo. O recurso pode comprometer todo o campeonato, que corre o risco de ficar sub-júdice ou não ser concluído.

A repercussão da decisão foi negativa em Maringá. "O futebol do Paraná estava se encaminhando para ter um dos melhores campeonatos do país, mas depois de uma decisão absurda dessas jogaram tudo por água abaixo. Isso nunca aconteceu no futebol mundial. É uma falta de respeito com os que trabalham sério no futebol e também com o público. Estamos fazendo um grande trabalho, temos os salários em dia e um projeto de ser grande. Mas, pelo jeito, no futebol continua tendo muita coisa esquisita", disse o diretor de futebol do Adap Edval Meschiari.

Sobre essas "coisas esquisitas", o dirigente do Adap despistou. "Nunca houve isso no mundo, nem no futebol de várzea. No país que se diz sério, acaba acontecendo um absurdo desses. Vamos entrar com o recurso e buscar nossos direitos. Foi um erro normal de jogo. Se fosse assim, poderíamos contestar o gol do Adriano que foi anulado erradamente".

Meschiari acredita ainda que se o erro tivesse acontecido contra o Adap Galo, a decisão poderia ser diferente. "Eu acho que não tinha como a Federação acatar uma denúncia como essa. Se acontecesse com a gente, íamos reclamar muito e, na gíria do futebol, chorar muito. Mas com certeza não entraríamos com um pedido para impugnar o jogo, mesmo porque se fossemos nós, o TJD não ia acatar a denúncia".

Nova partida

A Federação Paranaense de Futebol confirmou que o jogo será concluído na próxima terça-feira, às 16h, no Estádio do Pinhão, em São José dos Pinhais. "O recurso pode ser recebido até segunda-feira e efeito devolutivo, ou seja, o jogo pode acontecer, com a decisão só sendo conhecida depois. Se o Adap Galo entrar com um pedido de recurso no STJD, o tribunal poderá manter a decisão, anulá-la ou decidir outra coisa diferente. Teremos que esperar", explicou o presidente interino do TJD, Lourival Barão.

Na decisão de quinta-feira, o TJD determinou que o jogo seja reiniciado aos 28 minutos do 2.º tempo, com o placar de 1 a 0 para o J.Malucelli. Cada time poderá fazer mais uma substituição – já que naquele momento do jogo os treinadores haviam modificado o time duas vezes cada – e o atacante Marcelo Peabiru, que havia sido expulso no final da partida, volta a ter condições de jogo. O curioso é que Peabiru cumpriu uma suspensão no jogo seguinte, punição que agora deixou de existir.

O Adap galo garantiu que vai entrar com um processo para que alguém seja o responsável pelos custos da viagem que o time fará para jogar os 17 minutos restantes da partida. "Ainda vai ter um novo julgamento e achamos que o bom senso vai prevalecer. Não fomos informados da data do jogo, mas se houver outra partida mesmo, vamos entrar com uma representação na FPF para receber tudo que gastarmos nesse jogo. É nosso direito", comentou Meschiari.

Será que o campeonato acaba?

Se forem respeitados todos os prazos legais para recursos e julgamentos, o destino do Campeonato Paranaense ainda é incerto. "Não se trata de uma influência direta na classificação da tabela. Vamos torcer para que o STJD não mude a decisão. Não vamos pensar nisso", disse Barão.

Já o dirigente do Adap Galo acredita que o campeonato não deve acabar tão cedo. "Esperamos que seja mantido o resultado, que é o lógico da coisa toda. Vamos recorrer até onde for preciso, mas desse jeito o campeonato corre o risco de não acabar mesmo".

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