Um painel verde e amarelo com fotos da Seleção na sala de jantar. É para ele que Adriano olha todos os dias. O antigo Imperador de Milão está obstinado em voltar à Seleção. Ele teve a grande chance. Sucesso com a camisa amarela, títulos pelo Internazionale. Mas depois da Copa tudo acabou. Adriano perdeu para ele mesmo numa história que se repete no futebol. Noite, bebida, festas. E o futebol se foi. Os gols se foram. A sorte é que ele percebeu isso. Ouviu os amigos. Trouxe a mãe, a avó, quem gosta dele de verdade pra perto. Regenerou-se. Está no ponto. Fazendo gols em coletivos. Mas perdeu completamente a confiança do técnico Roberto Mancini. Para voltar a jogar talvez seja obrigado a mudar de endereço em janeiro, na janela do mercado europeu.
O jornalista Renato Ribeiro, o produtor João Ramalho e o repórter cinematográfico José Carlos Mosca, foram até a casa de Adriano em Como, a 50km de Milão, e a 20km do centro de treinamento da Inter. O relato deles é que viram alguém feliz, recuperado e louco pra jogar. É bom saber que o Imperador quer virar o jogo. Tem talento pra isso. Aos 25 anos, tudo o que ele quer é uma segunda chance. Pelo que fez até junho de 2006, ele merece.
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