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Uma linha de cinco jogadores atrás, protegida por outra de três no meio. Como se não bastasse, dois atacantes que também voltam para marcar. É essa retranca que a seleção brasileira – não exatamente um time criativo – vai encontrar na estreia da Copa do Mundo, dia 15 de junho, contra a Coreia do Norte.

No amistoso de sábado com o Paraguai – recheado de reservas, é verdade –, jogado na Suíça, o ferrolho norte-coreano só ruiu no finalzinho. Graças a uma bola mal dominada por Pak Nan Chol, que subiu e bateu em sua mão na área. Roque Santa Cruz converteu o pênalti e garantiu o 1 a 0 paraguaio.

Nos jogos anteriores, 0 a 0 com a África do Sul e derrotas por 2 a 1 para México e Venezuela, na casa dos adversários. Resultados que retratam um time chato. Impressão confirmada no amistoso de sábado.

Eles sabem se posicionar e marcar. A disciplina tática é impressionante, compensando a fragilidade técnica de alguns jogadores. O entrosamento também ajuda. Entre os convocados para a Copa, somente três jogam fora do país: Hong Yong Jo (Rostov, da Rússia), Jong Tae Se (Kawasaki Frontale, do Japão) e An Yong Hak (Omiya Ardija, do Japão) – apenas o último, volante responsável por levar a bola ao ataque, não atuou no sábado.

Hong mostrou ser o melhor jogador tecnicamente, se movimentando por todo o ataque. O companheiro de frente Choe Kun Chol não está no mesmo nível. Por isso deve sair para que Jong seja avançado e An entre no meio. Além dos "estrangeiros", merecem certo cuidado os rápidos Mun In Guk e Pak Nam Chol, que jogam pelos lados no meio de campo. Mas a força ofensiva é quase nula.

O defensivo 5–3–2 é mesmo a aposta do técnico Kin Jong Hun para complicar a vida de Brasil, Portugal e Costa do Marfim na primeira fase. Para se ter ideia, a classificação para a Copa veio com apenas 7 gols a favor e 5 contra nos 8 jogos da última fase das Eliminatórias Asiáticas – contra Coreia do Sul (também classificada), Emirados Árabes Unidos, Irã e Arábia Saudita.

Mesmo que fiquem atrás no placar, os norte-coreanos não devem abandonar a defesa. A previsão contra eles é de um jogo chato o tempo inteiro.

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Gênio - Joel Santana

O técnico do Botafogo aproveitou o marasmo do time misto são-paulino para colocar o meia-atacante Renato Cajá no segundo tempo em busca da vitória. O jogador surpreendeu a defesa ao tabelar com Herrera e entra livre na área para fazer 2 a 1.

Professor Pardal - Vanderlei Luxemburgo

Resolveu mudar um esquema que vinha dando certo e se deu mal. Com um zagueiro no lugar do meia Ricardinho, viu o Grêmio Prudente fazer 2 a 0 logo de cara. Ainda tentou consertar, mas teve de amargar uma goleada por 4 a 0.

Operário-padrão - Walter

Após um primeiro tempo apático do Inter contra o Goiás, o atacante comandou a virada sobre o Goiás no segundo. Marcou dois gols e ainda sofreu o pênalti que decretaria a vitória por 3 a 2.

Peladeiro - Rafinha

O meia-atacante do Coritiba viveu um típico dia de peladeiro contra o América-MG. Primeiro marcou o gol coxa-branca. Mas logo depois foi expulso e deu brecha para o Coelho pressionar até o empate.

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