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Josiel, 20 gols em 2007, artilheiro-rebaixado. | Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo
Josiel, 20 gols em 2007, artilheiro-rebaixado.| Foto: Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo

Nesta quarta-feira (17) o Paraná Clube recebe o Sport Recife, em casa, pela segunda fase da Copa do Brasil. Apesar dos mais de 3 mil quilômetros de distância que separam a Ilha do Retiro da Vila Capanema, o confronto entre tricolores e rubro-negros, que neste ano se repetirá mais duas vezes na Série B, traz uma infeliz coincidência ambos os clubes. No mesmo ano em que disputaram a principal competição do futebol continente, a Copa Libertadores da América, as duas equipes foram rebaixadas à Segunda Divisão do futebol nacional.

O Tricolor caiu em 2007, após fazer o primeiro semestre mais importante de sua história. O time, então dirigido pelo técnico Zetti, avançou as oitavas de final do maior torneio das Américas. Porém, depois de um empatar fora de casa com o Libertad, foi eliminado pelos paraguaios em plena Vila Capanema com uma empate em 1 a 1.

Já o Sport foi relegado à Série B no ano passado. Assim como o adversário desta quarta, o Leão da Ilha também passou da primeira fase da Libertadores e caiu logo na sequência. Com dois empates diante do Palmeiras, saiu da competição após derrota nos pênaltis.

Nos dois casos a participação no torneio continental foi imediatamente seguida a uma repentina queda de rendimento no Nacional, algo que foi fatal para o descenso à Segundona. A maneira com que as quedas aconteceram, no entanto, ainda parece não ter explicação para quem vivenciou aqueles momentos.

"É difícil. Por mais que me esforce, não chego a uma conclusão do que aconteceu", disse José Domingos, vice-presidente de futebol do Paraná na época da queda. "É difícil avaliar, mas se tivéssemos conseguido identificar o problema, não teríamos caído. O time era bom e ainda foi reforçado", afirmou o ex-vice de futebol do Sport, Augusto Carreras.

A mudança nos comandos técnicos do Tricolor e do Rubro-Negro, porém, pode ter sido a causa inicial de ambas as derrocadas. O Paraná teve, além de Zetti, mais quatro treinadores no Brasileiro. Depois de que Nelsinho Baptista deixou o Sport, o time mudou o comandante outras três vezes.

"Começamos bem o campeonato e chegamos a ficar nas primeiras posições. Mas as coisas complicaram depois que o Zetti resolveu sair e ir para o Atlético-MG. O planejamento ficou prejudicado e depois não conseguimos nos encontrar", lembrou Domingos. "A saída do Nelsinho, depois da desclassificação na Libertadores, nos pegou surpresa. Houve um furo no planejamento e até agora não sabemos o motivo pelo qual ele decidiu deixar a equipe", explicou Carreras.

O encontro entre os dois times na Copa do Brasil, portanto, é um prenuncio da disputa que os times terão para estar entre os quatros clubes que voltarão à Série A em 2011. Mas a principal lição aprendida na ocasião do descenso pode ser botada em prática desde já.

"É possível que alguns envolvimentos políticos durante a temporada apresentaram respingos na campanha time dentro de campo. Talvez se a gente não tivesse mudado muito o comando técnico e evitasse alguma injunções políticas, poderíamos ter evitado o pior", concluiu Domingos.

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