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Enquanto a situação do ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF) Onaireves Nilo Rolim de Moura apenas se complicada mais – a última descoberta é que mais uma conta laranja em Santa Catarina seria dele –, o advogado de defesa, Eliezer Castro de Queiroz, segue acreditando que seu cliente é inocente das acusações de desvios de dinheiro, fraude processual e à execução, estelionato, formação de quadrilha e apropriação indébita. Moura segue preso no Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce).

Em entrevista à Rádio CBN nesta terça-feira, Queiroz queixou-se de ainda não estar totalmente a par do caso, já que foi oficializado como advogado de Moura apenas na última quinta-feira, mas procurou prestar alguns esclarecimentos em favor do antigo mandatário da entidade máxima do futebol paranaense. De acordo com ele, o depoimento de Moura esclareceu várias lacunas existentes nas investigações.

"Essa situação dele (Moura) tem muitos fatos da sua gestão que foram esclarecidos durante o depoimento. Ele deixou bem explicado porque foi feito desta ou daquela forma. Na verdade o que o presidente fazia na época era tentar manter os recursos dentro da federação, para manter as contas do dia-a-dia como luz, água e telefone em dia. Ele vivia muitas dívidas já contraídas anteriormente", explicou Queiroz.

A respeito da acusação de que a Comissão de Fiscalização de Arrecadação (Comfiar) ser uma empresa usada por Moura para desviar dinheiro da FPF, o advogado foi evasivo. "A Comfiar é um órgão, um braço da federação. Ela é legalmente constituída, a sua criação estava prevista desde 1994 pelo estatuto da FPF, e ela só saiu do papel depois. Está previsto que ela deve receber recursos para exercer suas atividades, assim como o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR). Ambos têm as suas despesas para funcionar".

E completou. "A decisão de fechar a Comfiar é deles (atual presidente da entidade, Aluízio Ferreira). Não há problema algum em eles virem a fechar. O que ela vinha fazendo deve acabar sendo feito por outro órgão", resumiu.

Queiroz ainda aproveitou para afirmar que Moura não exercia influência dentro da federação, como afirmou o secretário estadual de segurança, Luiz Fernando Delazari. "Desde o afastamento ele não vinha rondando nem tomando decisões pela federação. Se o seu depoimento vier a público, isso ficará bem claro para todos", finalizou.

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