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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Teresópolis, RJ – Dezenas de microfones, empurra-empurra e uma aglomeração que mais parecia recepção de celebridade. Tinha até uma equipe de TV da Suécia – a SVT – que veio ao Brasil com um único objetivo: acompanhar os treinos de Afonso. Foi assim o assédio ao atacante do Heerenveen, da Holanda, no primeiro dia de atividades da seleção brasileira em Teresópolis, região serrana do Rio, antes da estréia nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, contra a Colômbia, no domingo, em Bogotá.

Afonso dividiu a atenção com Kaká no grupo escolhido para conceder entrevistas, no meio da tarde – Ronaldinho e Robinho falam à imprensa hoje. E apesar do discurso simples e repetitivo, no mesmo ritmo das perguntas, o atacante marcou posição. "Ninguém faz sete gols num jogo por acaso. Claro que isso não acontece com qualquer um. E é claro que eu sei fazer gols. Fiz 34 na última temporada, em 31 jogos", disse.

Ele admitiu que jamais concedera tantas entrevistas num dia só. Feliz pela nova fase, contou várias vezes como marcou os sete gols da goleada por 9 a 0 do Heerenveen sobre o Heracles, no fim de semana, pelo Campeonato Holandês. "No segundo tempo, fiz quatro gols em oito minutos. Nunca vi isso." Afonso ainda teve tempo de dizer que não se sente ameaçado pela provável volta de Ronaldo ao time do Milan no dia 21, em partida contra a Empoli, pelo Campeonato Italiano. "Se ele estiver bem, pode ter certeza de que o Dunga vai dar uma olhada e, quem sabe, volta à equipe."

Embora não tenha anunciado o time da estréia, Dunga afirmou que já definiu internamente quem deve levar a campo em Bogotá. A dúvida, porém, vai permanecer até pelo menos a véspera do jogo: Afonso ou Vagner Love no ataque? Há um fator que é favorável aos dois: a ausência de Fred na relação dos 22 convocados por Dunga. Na Copa América de julho, na Venezuela, os três disputavam duas vagas, mas Fred se machucou e acabou cortado.

Afonso recebeu elogios de seus colegas e uma declaração pública do técnico Dunga, que soou como uma leve advertência. "Para mim, não mudou nada. Quando o jogador está na seleção, não é mais aposta. Se é chamado, é pelo que tem feito nos anos anteriores. O Afonso antes não era nenhuma dúvida e também agora não está no céu por causa dos sete gols. Tem que dar continuidade no trabalho. E para nós, não resolve fazer sete lá, quero que faça sete aqui, com a seleção, para resolver nosso problema."

A equipe da TV sueca presente em Teresópolis revelou detalhes da passagem de Afonso pelo futebol sueco, a partir de 2002, quando trocou o Atlético Mineiro pelo Orgryte. "Na época, ele cogitou de se naturalizar sueco, pois tinha certeza de que jamais chegaria à seleção brasileira", contou o jornalista Henrik Jonsson.

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