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Esquiva Falcão durante luta na Olimpíada de Londres | Reuters
Esquiva Falcão durante luta na Olimpíada de Londres| Foto: Reuters

A Associação Internacional de Boxe Amador (Aiba) negou o pedido foi pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para revisar o resultado da final olímpica dos peso médios, em que o japonês Ryoto Murata venceu o brasileiro Esquiva Falcão por um ponto de diferença e ficou com a medalha de ouro nos Jogos de Londres, há dez dias.

O COB alegou ter feito o pedido à Aiba na sexta-feira passada com base nas notícias de que o árbitro polonês Mariusz Gorn teria se arrependido de aplicar a punição que custou dois pontos a Esquiva, em conversa relatada pelo oficial brasileiro Jones Kennedy, que trabalhou na Olimpíada.

A Aiba, porém, negou a veracidade do diálogo. Em resposta ao COB o diretor executivo da Associação Internacional de Boxe Amador, Ho Kim, afirmou ter presenciado a conversa e que nela o árbitro polonês apenas indicou ter simpatizado com o atleta brasileiro, e o quanto decepcionante era para um boxeador perder a final dos Jogos Olímpicos por um ponto.

De acordo com nota emitida nesta terça-feira pela COB, Ho Kim afirmou que em nenhum momento durante a conversa Mariusz Gorn indicou ou sugeriu que ele tivesse cometido um erro ao punir Esquiva Falcão.

Ainda que a conversa fosse verídica, a Aiba nada poderia fazer para mudar o resultado da luta, uma vez que o limite para a contestação já havia sido extrapolado. Na nota, o Comitê Olímpico Brasileiro afirma que respeitará a decisão da Aiba.

Após a disputa da final olímpica do peso médio, Esquiva reclamou bastante do resultado da luta. "Não acreditei quando recebi a punição. A punição deveria ter sido dada para os dois, estavam os dois se agarrando. No fim, foi por isso que perdi", lamentou o pugilista brasileiro de 22 anos, logo depois de perder a medalha de ouro.

Independente da polêmica na final e do pedido de revisão feito pelo COB, o resultado de Esquiva já o melhor da história do boxe brasileiro em Jogos Olímpicos. Antes, a única medalha tinha sido o bronze de Servílio de Oliveira em 1968. Em Londres, porém, o Brasil ganhou essa de prata e outras duas de bronze, com Adriana Araújo e Yamaguchi Falcão Florentino.

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