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Uma alteração na lei de zoneamento urbano é a solução encontrada pela prefeitura e pelo governo do estado para viabilizar a conclusão da Arena para a Copa de 2014.

Uma reunião entre o Co­­mitê da Copa do Mundo em Curitiba, o prefeito Luciano Ducci e outros políticos, mais o trio diretivo atleticano (Ênio Fornea, Marcos Malucelli e Gláucio Geara) discutiu uma proposta, guardada a sete chaves pelas partes, envolvendo uma mudança que atrairia investidores para a Baixada.

O poder público municipal mudaria a área do estádio atleticano para "zona de potencial construtivo", permitindo que construtoras que fizessem aporte na Arena ganhassem uma espécie de bônus em outros bairros. Como exemplo, um investidor que hoje quer levantar um edifício de 10 andares em determinada área, mas pela lei só poderia fazê-lo com oito, ganharia esse aval.

A ideia será estendida a Paraná e Coritiba, que recentemente teve um veto de projeto no Couto Pe­­reira por não se enquadrar nesse perfil. No entanto, o Atlético, que desta maneira não receberia dinheiro público, ainda está reticente.

Sem confirmar a proposta da prefeitura, o vice-presidente Ênio Fornea não mostrou empolgação. "Esperávamos uma parceria efetiva. Foi a primeira vez que houve algo nesse sentido, mas precisa ser amadurecido." Já o Comitê da Copa mostrou confiança: "O evento virá e será na Arena", cravou Luiz de Carvalho, gestor do grupo, tentando não revelar a ideia.

O Atlético conta ainda com uma ajuda política da CBF junto à Fifa para a redução do orçamento da Arena – aliviando as exigências para a obra. O clube continuaria precisando de um financiamento, mas a alteração na lei poderia atrair investidores que reduziriam o valor. Como não há garantia de que a iniciativa pública comprará a ideia, Fornea mostrou pés no chão. "Estamos muito atrasados. As coisas demoraram muito a acontecer. Ainda não tenho convicção."

O projeto deve se tornar oficial na próxima terça-feira, prazo limite para que o Atlético aceite os termos colocados. Caso o clube não mostre interesse, a prefeitura e o estado, que garantiu um aporte de R$ 80 milhões para desapropriações na área da Arena, prometem deixar o projeto. A possibilidade de isso acontecer, no entanto, é mí­­nima.

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