Quase cinco horas. Foi o tempo que durou o depoimento do presidente afastado do Corinthians, Alberto Dualib, à Justiça Federal nesta terça-feira. Ele e o vice-presidente corintiano também licenciado Nesi Curi são acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, por causa da parceria com o Grupo MSI. Nesi também deu seu depoimento no Fórum Criminal, na zona central de São Paulo. Eles podem ser presos se condenados em julgamento a ser marcado.
- Não posso falar, porque o processo está em segredo de justiça. Só posso dizer que estou com fome porque foram muitas horas - disse Alberto Dualib quando deixou o local. Ele afirmou que seu advogado, Roberto Podval, concederia uma entrevista, mas até o início da noite ele não tinha conversado com os jornalistas.
Um dos procuradores que denunciou Dualib, Silvio Luis Martins de Oliveira, disse que o presidente afastado não trouxe novidade ao caso.
- Ele apenas se defendeu das acusações. Não houve novidade - afirma Oliveira.
Dualib chegou ao Fórum Criminal às 11 horas, duas antes do início do depoimento. A conversa com os procuradores começou às 13h30m, mas antes o advogado de Dualib tentou adiar o encontro, sem sucesso. Ele só deixou o local depois das 18 horas, aparentando cansaço.
Afastado da presidência corintiana por 60 dias para apresentar defesa, Dualib pode ser tirado em definitivo se o Conselho Deliberativo entender que ele não tem condições de cumprir o mandato até janeiro de 2009. Os sócios, em assembléia, teriam que ratificar essa decisão. Além dos problemas na justiça, Dualib teve as contas de 2006 reprovadas pelo CD corintiano.
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