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Entrar durante a partida e fazer gols decisivos não é mais novidade para Caetano. Antes mesmo de ser contratado pelo Furacão, o meia-atacante já havia demonstrado a virtude evidenciada nos dois últimos jogos do Brasileiro. No Paranaense deste ano, defendendo o Roma, de Apucarana, teve momentos similares de heroísmo contra Coritiba e Paraná: saiu do banco de reservas para definir a vitória de sua equipe, ambas por 1 a 0.

Mas amanhã, no clássico contra o Paraná, o desafio será diferente. O jogador terá de provar que desequilibra também quando atua desde o início da partida. O reserva, que chegou a ser descartado do elenco principal, deve assumir a vaga de Aloísio, suspenso.

"Ainda não sei se vou jogar, mas de qualquer forma a responsabilidade aumenta. É mais um desafio, mas já estou acostumado a isso", afirma Caetano, que depois de lembrar as desventuras no futebol, brinca: "Toda a dificuldade que não passei com a minha família, em Guaxupé (MG), passei jogando futebol."

A história é longa, mas inspiradora. Com 21 anos, antes de chegar ao Atlético, o jogador fez uma romaria: passou por São Paulo, Corinthians, Cruzeiro e Santos. No Morumbi, começou com 12 anos e chegou a ser considerado o sucessor de Kaká, pelas suas passadas largas, dribles e a característica de partir de trás com bola dominada. Mas uma briga com o técnico dos juniores encerrou sua carreira no Tricolor.

Em 2003, dividiu o ano entre Corinthians e Cruzeiro. Sem muitas oportunidades, a única boa lembrança foi ter conhecido Vanderlei Luxemburgo, que o levou ao Santos. E na Vila, treinando com Robinho e Diego, parecia que a carreira ia engrenar – parecia.

Em um rachão, na véspera de sua segunda partida, quebrou o tornozelo. A lesão o deixou seis meses de molho. Quando acordou do pesadelo, estava em Apucarana.

A transferência foi o começo da volta por cima do atleta. "Pensei: ‘já que estou morto mesmo, vou aceitar’. Fui bem e, graças a Deus, cheguei ao Atlético", conta.O Rubro-Negro foi mais um capítulo dramático na vida do jogador. Em meio a um elenco com mais de 40 atletas, Caetano teve duas chances no time de cima. Sucumbiu à fase ruim do time no Brasileiro e na primeira fase da Libertadores e acabou afastado, treinando no grupo dos renegados."Achei estranho, pois o Lopes até havia pedido a minha contratação no Coxa. Mas bem no dia da chegada dele não pude treinar, pois a minha avó havia falecido", conta.

Deprimido, o jogador estava pronto para outra mudança (tinha propostas de equipes da Série B), quando resolveu consultar o técnico. E para não perder Caetano, Lopes incorporou novamente o atleta ao elenco principal. O resto da história é conhecida."Não cheguei a imaginar que conseguiria dar a volta por cima tão rapidamente. Mas sempre acreditei que esta hora chegaria."

Atleticanas

Finazzi – O atacante de 31 anos será apresentado hoje pela manhã, no CT do Caju. Finazzi, ex-Paulista de Jundiaí, assinou contrato com o Atlético por um ano e poderá atuar na partida de amanhã. Seu nome já consta no BID publicado ontem pela CBF.

Samudio – O jogador do Libertad está em Curitiba negociando com o Rubro-Negro. A contratação pode ser anunciada ainda hoje.

Intercâmbio – O presidente do time coreano Poohang Steelers chega ao Brasil no domingo para visitar vários clubes, entre eles o Furacão. A idéia do dirigente é firmar um intercâmbio de jogadores e membros da comissão técnica além de realizar a intertemporada no CT do Caju.

Ingressos – Os ingressos para a clássico de amanhã, às 16 horas, no Pinheirão, começam a ser vendidos hoje, às 10 horas, na Arena. O Paraná disponibilizou 2 mil ingressos para a torcida rubro-negra. São 1.400 entradas inteiras (R$ 15), e 600 meias (R$ 7).

Seleção – O meia Fabrício foi o único jogador do Atlético eleito pelo site Goal.com para fazer parte da seleção da Libertadores da América. Diego e Durval acabaram ficando como reservas do selecionado. Confira a seleção titular: Rogerio Ceni (SP); Cicinho (SP), Lugano (SP), Fabão (SP) e Baiano (Boca Juniors); Carlos Diogo (River Plate), Guglielminpietro (Boca Juniors), Ricardinho (Santos) e Fabrício (CAP); Robinho (Santos) e Salcedo (Cerro Porteño).

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