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Berlim (AE) – Mais preocupados com seus gatos, que não podem sair de casa sob risco de contraírem a gripe aviária, os alemães acordaram ontem com uma forte ressaca depois da goleada por 4 a 1 para a Itália, em Florença. Todos os jornais e programas de tevê expressavam a reação do alemão comum, que assistiu na quarta-feira ao desastre em casa ou nos bares, já que ao ar livre poucos se arriscavam a encarar a temperatura de -2 graus, como a de Berlim.

A indignação levou a Federação Alemã (DFB) a convocar uma entrevista coletiva com os três responsáveis pela seleção: o assistente técnico Joachim Löw, o coordenador Oliver Bierhoff e o técnico Jürgen Klinsmann, que afastou qualquer hipótese de renúncia. "Confio no grupo e no trabalho que estamos fazendo. Temos de olhar para a frente e mostrar um bom futebol contra os Estados Unidos, em Dortmund (dia 22)."

E muitos na Alemanha concordam com ele. De especialistas a gente comum. Do presidente da DFB, Theo Zwanziger, passando pelo coordenador da seleção, Bierhoff, e pelo diretor do Bayern de Munique, Uli Höeness, campeão mundial em 1974, até Andreas Möller, também diretor do Schalke 04.

"Não vejo motivo para se alterar os objetivos por causa de um resultado como esse. Não estava tão eufórico após a Copa das Confederações (2005) e não estou tão deprimido agora", analisou Höeness.

Para Möller, campeão mundial em 1990 e europeu em 1996, a situação não é tão grave. "Antes da Eurocopa de 2004, a Holanda bateu a Grécia por 4 a 0. No final, a Grécia ficou com o título em Portugal."

Mas nem tudo é confiança no país. Muitos, como o treinador do Bayern de Munique, Felix Magath, criticaram severamente a postura de Klinsmann. "O que admiro é que Klinsmann aconselhou por um longo tempo decisões pessoais para os outros, mas não encontrou nenhuma para seu futuro. O que virá agora?", analisou o treinador do Bayern para o Bild.

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