‘Alemão’, Luiz Gustavo não se empolga com protagonismo

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Não é à toa que o volante Luiz Gustavo repete toda hora as palavras "tranquilo", "tranquilidade", "tranquilamente". Elas descrevem bem a personalidade do último jogador a se tornar titular da seleção de Felipão para a Copa das Confederações. Sem alarde.

"Não apareço muito até na minha vida pessoal. Quem me vê mesmo são as pessoas perto de mim", diz o campeão europeu pelo Bayern de Munique, que completará 26 anos em julho.

Mesmo sendo reserva no clube – Javi Martínez, da Espanha, e Schweinsteiger, da alemã, são os titulares –, ele garante não ter se surpreendido com a convocação e a escalação entre os titulares, desbancando Fernando, que parecia homem de confiança do técnico Felipão na proteção da defesa.

E também não se empolga demais por ter se tornado dono da posição ou receber elogios. "Está sendo tudo bem tranquilo, até pelo fato de eu ser uma pessoa bem tranquila, bem sossegada. Na seleção ninguém tem contrato fixo, sabemos da cobrança do nosso público e temos de procurar a cada dia mostrar que podemos continuar aqui", discursa.

Paulista de Pinda­­mo­­nhan­­gaba, Luiz Gustavo começou na base do Corinthians-AL e estava no CRB, também de Alagoas, quando chamou a atenção do alemão Hoffenheim em 2007, mesmo ano em que perdeu a mãe, fato apontado como a principal dificuldade de sua vida. "Eu era muito jovem, vai ficar marcado para o resto da vida", diz.

Mas foi nesse ano triste que a carreira engrenou. Na Alemanha, passou a se destacar e foi comprado pelo Bayern em 2011. Quase desconhecido no Brasil, pensou até em defender a Alemanha. Mas acabou mesmo chamando a atenção de quem precisava: Felipão.