• Carregando...

Melbourne (Folhapress) – Da última vez em que a Fórmula 1 havia assistido a uma prova tão acidentada como a de ontem, Fernando Alonso era apenas mais uma incógnita, mais um no muro. Foi nos EUA, em junho de 2004. Mas ontem o espanhol foi exceção no GP da Austrália. Em meio a destroços de carros, brilhou e venceu. Assim, passou também a cavar espaço entre ídolos do passado.

Campeão mundial mais jovem, Alonso conquistou ontem, em Melbourne, sua décima vitória. Ultrapassou Rubens Barrichello e, entre os pilotos da atualidade, está atrás só de Michael Schumacher (84), de David Coulthard (13) e de Jacques Villeneuve (11).

Foi, ainda, seu nono pódio consecutivo. O que, em 56 anos, só havia sido alcançado por multicampeões: Schumacher, Nelson Piquet, Niki Lauda e Jim Clark.

Kimi Raikkonen foi o segundo, seguido por Ralf Schumacher, da Toyota. Entre os brasileiros, apenas Barrichello, sétimo, pontuou.

Com o resultado, Alonso inicia a perna européia do Mundial com o dobro de pontos dos vice-líderes – soma 28 ante 14 de Giancarlo Fisichella e do finlandês da McLaren. "Não enfrentei grandes problemas ou grandes duelos. Estive relaxado na maior parte da corrida", afirma o espanhol, que já havia vencido a abertura do campeonato, no Bahrein. Mais uma exceção. Porque o GP da Austrália foi um dos mais conturbados dos últimos anos. A começar pela volta de apresentação.

A caminho do grid, Montoya, quinto, rodou e ficou atravessado. Antes das luzes se apagarem, outro incidente: Fisichella, na primeira fila deixou o motor apagar. Largada foi abortada.

Livre do companheiro, Alonso partiu para cima de Button. Por pouco tempo. Confusões, logo atrás, exigiram a entrada do safety car. Envolvidos em acidentes, três pilotos, Massa, Trulli e Rosberg não completaram a primeira volta.

A disputa foi reaberta na quarta volta e o espanhol não titubeou: assumiu a ponta. Mas não abriu vantagem. Na volta seguinte, Christian Klien estourou o carro no muro, forçando nova entrada do carro-madrinha. A relargada foi na décima volta, e então foi a vez de Raikkonen ultrapassar Button e assumir o segundo lugar.

Alonso começou a se isolar. Na 19.ª volta, já tinha 9s413 sobre o finlandês. O espanhol só perdeu a liderança entre os pit stops. Exemplo da tranqüilidade, chegou a abrir 24s825 sobre Raikkonen, na 33.ª volta.

Sinal dos tempos, no instante em que o novo campeão conseguia sua maior vantagem na pista, o antigo campeão saía dela. Com problemas de equilíbrio com a Ferrari, Schumacher foi para a grama e bateu no muro. Pela terceira vez, o safety car foi acionado.

Mesmo com os carros reagrupados, Alonso não teve dificuldades em abrir nova folga – após um novo safety car –, na 41.ª volta. Na 51.ª, já havia imposto 9s992 sobre Raikkonen. Seis voltas depois, completou a corrida com punhos para o alto.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]