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Mônaco – Nas ruas de Mônaco, Michael Schumacher era o mais furioso. Era também o mais rápido: fez a melhor volta e cravou a maior velocidade absoluta do circuito. Adiantou quase nada.

Centro das atenções após a punição pelo ardil que tentou emplacar sábado, o heptacampeão largou dos boxes. Em 22.º e último.

Contrariado. Irritado. Como fez questão de mostrar ao volante, num traçado que torna as ultrapassagens impossíveis, segundo seus colegas. Pois então ontem, o ferrarista fez o impossível dez vezes, sobre nove adversários. E terminou a corrida em quinto, marcando mais quatro pontos.

Muito pouco para tanto esforço, porém. Porque seu rival na disputa, o espanhol Fernando Alonso, da Renault, marcou seis a mais.

Largando na pole após o castigo a Schumacher na véspera, o atual campeão não teve tanto trabalho. Liderou 77 das 78 voltas e ainda contou com a sorte: Kimi Raikkonen e Mark Webber, que o pressionavam desde o início da prova, abandonaram quase que simultaneamente.

Venceu, assim, a sétima etapa da temporada. Foi a primeira vitória de Alonso no principado, a 12.ª na carreira, e a mais importante na busca pelo bicampeonato.

Além disso, teve no pódio a companhia de pilotos que estão bem distantes da disputa pelo título: Juan Pablo Montoya, em segundo, e David Coulthard.

A vitória aumenta para 13 sua seqüência no pódio. Desde agosto ele terminou todas as provas entre os três primeiros – o recorde é do alemão, 19 GPs. "Saí na frente e me preocupei mais em administrar a vantagem e o estado dos pneus. Em Mônaco isso é mais fácil."

Já a corrida de Schumacher foi mais emocionante. No sábado, após fazer a pole, foi punido por ter atravessado o carro na pista – para atrapalhar Alonso.

A FIA anulou as voltas do alemão, mandando-o para o fim do grid. Clamando inocência, mas sem ter como recorrer, Schumacher decidiu ir à forra. "Ele estava chateado e correu para mostrar que tudo o que ganhou foi na pista", relatou o companheiro, Felipe Massa.

Saindo em 22.º, o heptacampeão fechou a primeira volta em 18.º. Ao fim da segunda era 16.º. Fez mais quatro ultrapassagens, contou com abandonos de cinco pilotos à sua frente e ganhou duas posições nos boxes. "Não sou de desistir fácil."

Mas também ouviu. Agora com 21 pontos sobre Schumacher, Alonso já fala em administrar a vantagem: "Espero ampliar essa folga para ter um fim de ano fácil". Esnobou. E, como o alemão fez na pista, um dia antes: de propósito.

Barrichelo

Uma confusão com os botões no volante custou a Rubens Barrichello o primeiro pódio pela Honda. O sonho ruiu a 30 voltas do fim, quando a direção de prova o puniu com uma passagem extra pelos pits. Quando voltou, era quinto – mais tarde seria o quarto, com o abandono de Jarno Trulli.

O motivo da punição: quando fez o pit, atingiu 85,1 km/h – o máximo é 80 km/ h. Para evitar isso, os carros têm um limitador de velocidade acionado por um botão no volante.

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