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Violência

Pequenas ocorrências extracampo

Logo após a partida na Arena da Baixada, confusões foram registradas nas estações tubo do Teatro do Paiol, da Avenida Cândido de Abreu, próximo à prefeitura, e também nos terminais do Fazendinha e do Pinheirinho – onde grupos de torcedores invadiram os locais, mas foram dispersados pela Guarda Municipal com a ajuda da Polícia Militar. Nos momentos logo após o jogo, a PM e a Guarda Municipal trabalharam na região do Batel para conter a algazarra de alguns vândalos uniformizados. Antes da partida, dois menores vestidos com a camisa da facçãõ Império Alviverde, do Coritiba, foram apreendidos pela GM no Terminal do Pinheirinho. Na mochila dos dois foram encontrados explosivos, rojões e bombas caseiras. Ambos foram encaminhados para a Delegacia do Adolescente e terão de se apresentar ao Ministério Público dentro de um mês. O balanço das polícias, porém, foi positivo, já que nenhuma ocorrência grave foi registrada até as 21h30 de ontem.

Quando o árbitro Evandro Rogério Roman apitou o fim do jogo na Arena, um dos 5 mil sócios que acompanharam o clássico em três telões no Couto Pereira entregou uma taça de papelão ao Vô Coxa. Ele se dirigiu ao centro do gramado e ergueu o troféu, dando início a celebração. Para a torcida, o festejo era apenas uma questão de tempo.

Durante o jogo, havia certeza de que o título viria da casa do rival, mesmo antes dos dois gols marcados por Bill no primeiro tempo. Um clima criado e mantido por um time que, desde o início de 2011, encantou e bateu recordes estaduais.

"Depois dos dois primeiros clássicos, tive certeza que seria campeão. O resultado é prêmio pelo trabalho e o time está ótimo", opinou o investidor Felipe Biesczad, 24 anos. "Nenhum torcedor do Coritiba esperava este time de 2011, acima da média", revela o cinegrafista Regi­nato Mendes Júnior, 41 anos.

Quem procurou o telão buscava aumentar as sensações já mais aguçadas pelo clássico. "Não consegui ingresso e queria sentir a emoção de acompanhar o jogo entre a torcida", afirmou o administrador escolar Algacir Vichinhecki, 40 anos, acompanhado pelo filho Gabriel, 11. "Pena que a escola não permita que meu filho vá à escola de camiseta amanhã", brincou.

Presente em todos os jogos do Coritiba em casa neste ano, a professora Maria Dolores Vicente, 55 anos, não desgrudou do rádio enquanto olhava para o telão. Sua torcida é pela manutenção do elenco: "Tomara que não vendam jogador e ainda tragam reforços", falou.

Em seguida, o Couto Pereira foi tomado por 15 mil pessoas – de acordo com a organização do evento – que aguardaram até 19h20 para ver o Coxa dar a volta olímpica. Ficou perceptível um misto de celebração, elogio ao time e diretoria e o pensamento no futuro, nos torneios nacionais. Os mais celebrados foram o xodó Bill, o meia Rafinha e o goleiro Edson Bastos.

Até o vice-presidente, Vilson Ribeiro de Andrade, teve o nome bradado. O bicampeonato paranaense pôs uma pedra definitiva no rebaixamento de 2009. "Jogar em Joinville serviu para a torcida colocar a cabeça no lugar e o Coxa mostrar sua grandeza", opinou o engenheiro eletrônico Júlio Prestes, 27 anos.

Tcheco: a missão

O meia Tcheco, que entrou no segundo tempo do Atletiba, espera ainda alcançar uma marca especial neste Paranaense.

Se o Coritiba não perder no próximo jogo do Estadual, contra o Cianorte, no Couto Pereira, ele será o primeiro jogador duas vezes campeão paranaense invicto. Em 2003, também pelo Coritiba, Tcheco já havia levantado a taça sem derrotas.

Agora falta apenas uma partida para ele repetir a façanha. "Podemos passar o recorde do Palmeiras ainda e ser campeão invicto, agora esse é o nosso objetivo", disse o jogador.

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