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Ocimar Bolicenho aposta que pode reverter as críticas que vem recebendo caso o time se acerte dentro de campo | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Ocimar Bolicenho aposta que pode reverter as críticas que vem recebendo caso o time se acerte dentro de campo| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Time

Após vaias, Manoel segue prestigiado

Mesmo com as vaias da torcida a cada vez que pegava na bola no jogo de domingo, contra o Rio Branco, o zagueiro Manoel segue prestigiado no Furacão. A única punição que o atleta recebeu por ter ficado após o horário permitido com uma mulher no hotel, no Acre, na semana passada, foi uma multa (o valor não foi informado). "Não podemos prejudicar a equipe", resumiu o gerente de futebol Ocimar Bolicenho.

De acordo com o empresário de Manoel, Neco Cirne, o jogador está triste com a repercussão do ocorrido. "Ele diz que não foi bem assim como estão falando. É coisa de guri, da idade. Mas tem de ter responsabilidade", cobrou.

Na opinião de Cirne, Manoel agiu sem pensar. Porém o empresário aconselhou o jovem de 21 anos a trabalhar bastante e aproveitar a oportunidade dada pelo técnico Geninho, que o manteve no time, para superar a irritação dos torcedores.

"Ele tem de se redimir com a torcida jogando bem. Daqui a pouco o Paulo Baier cruza uma bola na cabeça dele, ele faz um gol e isso passa", ressaltou Cirme, que também é empresário do camisa 10 rubro-negro.

Retornos

Para o jogo com o Rio Branco do Acre, às 19h30 de amanhã, na Arena, pela Copa do Brasil, o técnico Geninho terá o retorno do meia Paulo Baier, artilheiro do time no ano com sete gols. O lateral-direito Wagner Diniz, que também estava lesionado, será outra opção para o treinador, brigando pela posição com Marcos Pimentel, que retorna após cumprir o suspensão. Já o atacante Nieto e o meia Branquinho, machucados, dificilmente terão condições de jogo.

Ocimar Bolicenho é o alvo preferido das cada dia mais intensas críticas dos torcedores atleticanos. Diante do terceiro lugar no primeiro turno do Paranaense e da necessidade de vencer o Rio Branco-AC amanhã, para se classificar para a próxima fase da Copa do Brasil, os recentes protestos têm visado principalmente ao gerente de futebol rubro-negro.

O profissional admite que o clima está pesado na Baixada e se mostra ciente de que foi escolhido como o responsável pela situação instável vivida pelo time. Nada, porém, que não possa superar. "A minha resposta é trabalhar mais para que os resultados venham o quanto antes. E, assim, efetivamente diminuir essa pressão", disse, por telefone, à Gazeta do Povo.

Os protestos começaram na semana passada pela internet e tiveram direito até a um "Fora, Bolicenho" pichado no muro da Arena da Baixada. Novas reclamações foram feitas antes e durante a vitória sobre o Rio Branco de Paranaguá, por 2 a 0. A organizada Os Fanáticos também se posicionou no seu site, pedindo a saída do gerente.

Em meio à queda de braço, o diretor de futebol do Furacão, Valmor Zimmermann, saiu em defesa do companheiro de trabalho. Além de destacar a atuação de Bolicenho no apoio à diretoria, criticou o fato de os opositores usarem a ligação do gerente de futebol com o rival Paraná como motivo para o levante contra ele – o dirigente foi presidente do Tricolor. "Tem essa história de que o Ocimar é paranista. Querem criticar o clube e isso é um prato cheio. Mas ele é um profissional muito competente", garantiu.

Sobre as últimas contratações do Furacão – um dos alegados pecados de Bolicenho, segundo os insatisfeitos com a atual gestão –, Zimmermann novamente tirou publicamente o peso das costas do gerente de futebol. Segundo ele, os reforços foram escolhidos em conjunto com o treinador (Sérgio Soares), o próprio diretor de futebol e o presidente Marcos Malucelli. "Não adianta dizer que o Atlético contratou errado. Há limitações financeiras. Eu gostaria de ir buscar o Messi", disse.

Com o respaldo da cúpula, Bolicenho evita falar de motivos extracampo que possam ter ajudado a expandir os protestos. Isso não significa que não esteja ciente de que há interesses políticos envolvidos na manifestação de insatisfação dos rubro-negros. Só prefere não tocar no assunto. O ano é de eleição no clube.

Quem não se nega a expor os fatores adicionais desse "confronto" é o diretor de futebol. "Fico chateado porque o Atlético nunca foi de ter essa politicagem. Em outras épocas não houve isso. Estão querendo copiar o Corinthians, sei lá", reclamou.

Tentando reverter a situação do time em campo, Boli­­ce­­nho revelou que busca três re­­forços. Um segundo volante, o mais cotato é Robston (Atlético-GO), e um zagueiro estão na mira. A terceira peça não é consenso na diretoria. Há uma discussão sobre qual a prioridade atual: um lateral-direito ou um atacante.

Procurado pela reportagem, o presidente Marcos Malucelli se negou a dar entrevista.

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