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Loisse dos Santos, 13, que luta desde os 7 anos e treina com o pai, José Luiz dos Santos | Marcelo Elias / Gazeta do Povo
Loisse dos Santos, 13, que luta desde os 7 anos e treina com o pai, José Luiz dos Santos| Foto: Marcelo Elias / Gazeta do Povo

Power Evolution

Neste sábado (16), a partir das 15h no Rancho Brasil, Avenida Comendador Franco, 4.600. Os ingressos custam a partir de R$ 15 e podem ser adquiridos no local e nas academias participantes.

Este sábado (16) será um dia de muita luta em Curitiba para um grupo de 40 jovens com idade entre 14 e 22 anos. Muitos vão encarar pela primeira vez uma arena com uma previsão de público de 2,5 mil pessoas para competirem no Power Evolution, evento amador de MMA (artes marciais mistas, em inglês) e Muay Thai, que serve como seletiva para o Power Fight Extreme VI. O objetivo deles vai além de uma simples vitória, mas vale dar um passo adiante no sonho de se tornar profissional nessas modalidades.

Com a concentração e dedicação nos treinamentos de uma veterana, a competidora mais nova do evento se diz preparada para enfrentar oponentes mais velhas no MMA. "O campeonato é uma porta de entrada para várias outras competições", afirma Loisse dos Santos, 13 anos. Mas a pouca idade engana. Ela teve o primeiro contato com as artes marciais ainda aos 7 anos, já disputou sete campeonatos e também treina jiu-jitsu, além de ser campeã estadual de judô.

O currículo extenso dificulta encontrar oponentes da mesma idade para competir. "Eu treino com meninos, o que não é tão bom, mas na hora da luta isso ajuda", conta Loisse, que tem o sonho de ser profissional. As dificuldades servem de estímulo para a lutadora, que treina no espaço montado pelo pai dentro da casa deles, na periferia de Colombo. A estrutura simples faz parte de um projeto social com 25 jovens da comunidade, que treinam na arena improvisada entre os móveis da residência. "Estamos em uma área pobre e a ideia é pelo menos ajudar um pouco a retirar as crianças do crime", explica o fundador, José Luiz dos Santos. Quem integra o projeto deve frequentar a igreja e tirar boas notas na escola e no local pode, além dos treinos, assistir lutas em canais por assinatura encomendados especialmente por Santos.

Sem brigas na rua

Também de origem humilde, Rômulo Teixeira, 17 anos, treina Muay Thai há nove meses e dedica cinco horas por dia à atividade, com o objetivo de se profissionalizar e poder dar uma vida melhor para a mãe. Um dos degraus para isso é a luta de domingo. "O evento serve para dar toda a noção de treinamento e pressão de uma luta. Por mais que seja amador, a preparação é totalmente profissional", diz o treinador dele, André Tubes, o responsável pelo ingresso de Teixeira no esporte.

Morador do bairro Santa Cândida, o garoto planejava fazer peneira como volante em times de futebol da capital, mas o preço da inscrição impossibilitou o sonho. Só que ele não esperava que ao acompanhar os treinos de um amigo, surgisse o convite de Tubes para ingressar na nova modalidade e de graça. "Depois que comecei a treinar, nunca mais briguei na rua", comenta ele. A revolução que o Muay Thai causou na vida dele atingiu também a mãe, que começou também a treinar para diminuir as crises respiratórias. O dedicado aspirante já treina jiu-jitsu e pretende migrar para o MMA no futuro.

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