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Em busca de votos, Michelle Obama enfrentou o frio dinamarquês de braço de fora | Pawel Kopczynski/Reuters
Em busca de votos, Michelle Obama enfrentou o frio dinamarquês de braço de fora| Foto: Pawel Kopczynski/Reuters
  • Veja como é feita a votação

Copenhague - Barack Obama vai passar me­­nos de cinco horas hoje em Co­­pe­­nhague, tempo suficiente para parar os trens e o trânsito na via expressa do aeroporto e na principal ponte da cidade, que liga a Dinamarca à Suécia. É a primeira vez que um presidente dos EUA participa da eleição de uma sede olímpica. Com planos de só surgir, sorrir, falar e sumir, o presidente americano escalou sua mulher, Michelle, para fazer lobby.

Para a chegada do "cabo eleitoral em chefe", a autoridade de trânsito orientou taxistas sobre a suspensão do tráfego das 7h30 às 8h30 e das 11h30 ao 12h30. Ele de­­ve ficar na cidade apenas o tempo previsto para a apresentação de Chicago, que começa às 8h45 locais (3h45 no horário de Brasília).

A aparição relâmpago de Oba­­ma foi anunciada de última hora e está espremida em uma agenda de política doméstica e externa bastante exigente. A ida a Copenhague já lhe rende questionamentos nos EUA.

Já no palco olímpico, é alvo constante da delegação brasileira, que gosta de comparar as poucas horas que dará suporte a Chi­cago-2016 aos "três anos de dedicação" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à campanha para organizar os Jogos.

Mas o carisma do americano, mesmo em dose restrita, é suficiente para lhe dar ar de atração especial no lobby olímpico.

"Obama tem uma personalidade extraordinária", afirmou Juan Antonio Samaranch Jr., filho do ex-presidente do COI e membro do comitê.

Enquanto não chegava a estrela do time, Michelle Oba­­ma capitaneou Chicago-2016.

Como Lula e o rei Juan Car­los, da Espanha, passou o dia en­­fur­nada no hotel Marriot, onde, se­­gundo relatos de jornalistas americanos, distribuía beijinhos e abraços a delegadas do COI.

De blusa leve branca e azul e saia pelos joelhos, apesar da sensação térmica de 6ºC na cidade, foi ao almoço oferecido pela rainha Margrethe II e levou a tiracolo a apresentadora Oprah Winfrey. Voltou para o Marriot, do qual seria a última dos cabos-eleitorais de luxo a sair, só perto das 18 h.

Na porta do hotel, alguns passantes paravam para perguntar por ela. Os mais desavisados perguntavam aos seguranças quais as cidades candidatas a sede olímpica. À noite, a 4ºC, Michelle ou­­sou ainda mais ao ir no evento de abertura da sessão oficial do COI de braços de fora em um vestido cor de abóbora de alças cruzadas nas costas.

Segundo relatos, o único mo­­­­­­mento em que a primeira-dama dos EUA perdeu o foco das atenções dos fotógrafos, antes que começasse a sequência de discursos, coros e balé, foi quando entrou em cena o presidente Lula.

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