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"Há pouco tempo, eu sentava na platéia e ficava imaginando se um dia mereceria ganhar esse prêmio." A frase da paranaense Natália Falavigna ao subir no palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, dia 13 de dezembro, para receber o troféu de melhor atleta do Brasil em 2005, foi uma inspiração a mais para os melhores atletas de cada modalidade. Assim como a lutadora de tae kwon do nos anos anteriores, eles apenas observavam e aplaudiam, alimentando internamente o sonho de viver a situação.

O título de Natália e do judoca gaúcho João Derly mostrou que todos podem ter o mesmo sucesso. Antes reconhecidos apenas em suas modalidades, ambos só ganharam destaque nacional após se tornarem campeões do mundo durante o ano. A prova da popularidade veio na forma da escolha dos vencedores do Prêmio Brasil Olímpico: o voto dos internautas.

Pelos resultados recentes, um dos favoritos ao troféu entre os homens no ano que vem é o nadador paraibano Kaio Márcio Almeida, de 21 anos. Escolhido o melhor atleta de sua modalidade em 2005, ele não quer parar por aí. "Acho que ainda tenho potencial para muita coisa", dizia, durante a festa promovida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Mas talvez nem o próprio nadador esperasse que o próximo bom resultado viesse tão rápido. Quatro dias depois da cerimônia ele se tornou recordista mundial dos 50 metros borboleta em piscina curta (25 metros).

Assim como Natália e Derly, Kaio é um exemplo de que talentos surgem por todo o país. Nascido em João Pessoa, continua treinando na capital paraibana até hoje. "Tudo o que preciso está lá", resume. A saltadora Juliana Veloso, de 24 anos, tem uma história parecida com a da paranaense campeã mundial de tae kwon do. Unanimidade sul-americana nos saltos ornamentais, falta uma grande conquista para consolidar a carreira. "Quem sabe isso acontece no Pan-Americano de 2007, no Rio de Janeiro", propõe a atleta, que vai competir em casa.

"Sabemos que o Pan aqui vai dar uma visibilidade muito maior aos atletas. Uma medalha será mais valorizada", diz Juliana, dona de uma de prata e uma de bronze nos Jogos de Santo Domingo em 2003. Nessa época, Ana Paula Norbim Ribeiro, atualmente com 16 anos, nem se imaginava sendo escolhida a melhor praticante de ginástica rítmica do país. "Foi uma surpresa ser indicada. Vou tomar isso como motivação, assim como o exemplo da Natália, que também pratica um esporte pouco divulgado", afirma a jovem ginasta.

Hoje ela também sonha com o Pan e, no ano seguinte, a Olimpíada de Pequim, duas obsessões para todos. Quem deixar a platéia e subir ao palco para receber o prêmio de melhor atleta de 2006 saberá que estará no caminho certo.

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