“Anônimo”, número 1 da França busca espaço e vaga para Pequim

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A seleção brasileira de vôlei não pára. Menos de uma semana após a conquista da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, o técnico Bernardo Resende já pensa no time ideal para o próximo desafio: a Copa América, entre 13 e 19 de agosto, em Manaus.

A preparação se inicia hoje, no Rio. A comissão técnica pretende fazer uma espécie de laboratório. Para isso, as estrelas do time receberam folga e só voltam no Sul-Americano, em setembro, que vale vaga na Copa do Mundo. Do elenco principal, apenas Murilo, Samuel e Bruno foram selecionados. As demais vagas serão preenchidas por novatos e jogadores experientes que ainda não tiveram chance de vestir a camisa amarela.

Neste grupo está o curitibano Rafael Redwitz, do Paris Volley, equipe francesa treinada pelo brasileiro Maurício Paes.

Por duas temporadas consecutivas, ele foi considerado o melhor levantador da Liga da França, chegando às finais da competição nos últimos três anos. Em quadras brasileiras, ganhou destaque no Suzano, de São Paulo, antes de seguir para Europa.

Apesar dos 26 anos, será a primeira oportunidade de Rafael na seleção de Bernardinho. "Eu sempre esperei a convocação, só não achava que fosse agora", disse à Gazeta do Povo, ontem, antes do embarque para o Rio de Janeiro. A surpresa do levantador tem explicação: somando-se Jogos Olímpicos, Ligas Mundiais, Copas América, Sul-Americanos, Copas do Mundo e Pan-Americanos, o atual grupo brasileiro venceu absolutamente tudo que disputou nos últimos quatro anos. A hegemonia e a elevada qualidade do time aumentaram a concorrência e fecharam as portas da seleção para promessas.

"Na minha posição tem o Ricardinho, o Marcelinho e o Bruno. Mas não tenho que pensar nisso, preciso agarrar a chance e jogar o vôlei que pratico na França", afirmou. Segundo levantador, ainda é prematuro se considerar o quarto na linha sucessória da posição. Contudo, ele acredita que uma boa campanha na Copa América é o primeiro passo para, quem sabe, carimbar o passaporte para os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008.

Além do paranaense, outros atletas passarão pelo vestibular de Bernardinho. São eles: Thiago Alves, Alan, Éder, Leandro Vissoto e Evandro. Todos atuam no Brasil. Rafael é o único "estrangeiro" entre os vestibulandos.