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Defesa paranista sofre com o ataque do Paranavaí. Derrota fora de casa deixou o Tricolor em situação de risco | Edglei Feitosa/ Diário do Noroeste
Defesa paranista sofre com o ataque do Paranavaí. Derrota fora de casa deixou o Tricolor em situação de risco| Foto: Edglei Feitosa/ Diário do Noroeste

Opinião

Instabilidade tricolor

Adriana Brum, repórter

Com os três desfalques, o desentrosamento na defesa do Paraná já era esperado. Mas a surpresa negativa foi ver todo o time contagiado pela falta de sintonia: os gols sofridos não foram só por desatenção dentro da grande área. Faltou marcação no meio de campo e sobrou displicência no ataque. O terceiro gol sofrido, por exemplo, surgiu da roubada de bola do ACP em seu campo de defesa. Sem contar que Léo e Kelvin esconderam-se na marcação durante todo o primeiro tempo. No segundo tempo, o camisa 10 e Diego voltaram com a disposição de reverterem, sozinhos, o placar. Mas aí prenderam a bola demais. Individualismo em excesso. Preocupa é a instabilidade e a falta de elenco do Tricolor. Duas alterações na equipe principal não deveriam causar tanto estrago em uma fase da competição que contusões e suspensões tornam-se mais frequentes.

  • Confira a ficha técnica do jogo entre Paraná e Paranavaí

A cinco rodadas do fim do Estadual, o Paraná mergulha em um duelo particular na competição contra o Rio Branco pela fuga do rebaixamento. A derrota de ontem para o Pa­­ra­­navaí, por 4 a 2 sob constantes gritos de "olé" da torcida local, complicou de vez a situação do Paraná na tabela.

Se não bastasse o revés no estádio Waldemiro Wagner, o time do lito­­ral venceu o Cianorte por 1 a 0 e chegou a 17 pontos, roubando do Tri­­color a décima posição na soma geral dos dois turnos. No 11º. lugar, o time da Vila Capanema voltou à zona de rebaixamento, dois pontos atrás do Leão da Estradinha.

E a distância pode aumentar: o Pa­­raná tem um jogo a mais que o time de Paranaguá. Nesta quarta-feira, o Rio Branco encara o lanterna da competição, o Cascavel, no Ca­­ran­­guejão – compromisso que ha­­via sido adiado por causa dos deslizamentos de terra e alagamentos na BR 277 (no início do mês) -- e tem chances de am­­pliar a diferença para cinco pontos.

Pela frente, o Paraná tem duros duelos. A semana começa com o embate contra o Botafogo, no Durival Britto, pela segunda fase da Copa do Brasil. No domingo, o clás­­sico contra o Atlético, também na Vila. Na sequência, enfrenta Ope­­rário, em Ponta Grossa, Iraty e Ara­­pongas, em casa e, na última rodada, vai a Cascavel jogar contra o desesperado time da casa.

Um adversário extra é o desgaste dos jogadores e o pouco tempo hábil para entrosar quem entra para substituir suspensos e lesionados. A derrota de ontem deixou isso claro: Leandro Silva e Rafael Vaz mantiveram o desempenho da zaga formada por Rodrigo Defendi e Luciano Castán, suspensos.

O primeiro gol de ontem foi contra, de Leandro Silva, no chute de Edson, aos 19 mi­­nutos, e o segundo veio com Alisson, aos 25. No segundo tempo, Tatico aproveitou os espaços e assistiu Rafael Santos, que fez o terceiro, aos 14. Santos re­­tribuiu quatro minutos depois, com o passe para Tatico marcar o quarto.

O Paraná descontou aos 16, com Diego, e aos 21, em bela cobrança de falta de Lima."Jogamos em estado de letargia total. Não colocamos em cam­­po aquilo que o Para­­ná precisa. Uma coisa é certa: o Para­­ná não vai cair", prometeu o técnico Ricardo Pinto.

"Sonolentos"

Essa foi a definição do lateral Paulo Henrique para a atuação do Paraná na derrota de ontem. "Tomamos os gols rapidinho, o que complicou. Mas continuamos lutando mesmo quando tínhamos um a menos em campo [nos dez últimos minutos, Maycon se machucou e desfalcou o grupo]", afirmou. A insatisfação da atuação paranista em Paranavaí foi traduzida no cartão vermelho tomado pelo técnico Ricardo Pinto, aos 19 minutos do segundo tempo, que, desde o segundo gol sofrido, reclamou muito no banco de reservas a atuação do grupo, embora, na entrevista coletiva, tenha poupado críticas aos que entraram no lugar dos desfalques.

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