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O gaúcho Arlindo Costenaro era torcedor do Prudentópolis desde que foi morar na cidade, há 25 anos. Mas o time foi desfeito em 2005, em consequência do escândalo envolvendo denúncias de suborno na arbitragem, o caso bruxo. Agora Costenaro en­­saia uma aproximação com o no­­vo time da cidade. Já acompanha os resultados e comenta, mas foi apenas uma vez ao estádio. Fabricante de Cracóvia, um embutido típico ucraniano, confessa que só depois das primeiras vitórias é que passou a confiar na equipe. "No começo dava medo, mas o técnico é firme. Então estava contando que iria se classificar, mas não imaginava que seria campeão", diz.

Prudentópolis tem 48 mil mo­­radores – mais da metade na zo­­­­­na rural – e o público médio nos jogos do Serrano tem sido de 1,1 mil pessoas. Longas distâncias a serem percorridas e parcos recursos econômicos são empecilhos para levar os torcedores ao Estádio Newton Agibert.

"As partidas estão entre as pou­cas opções de lazer na cidade. Mas boa parte da população tem renda baixa. Muitos torcedores não têm dinheiro para pa­­gar ingressos de três jogos no mesmo mês", diz o gestor Floris­­val Silva Jardim Cruz.

O Serrano agora tem até torcida organizada. Como substituto ao leão que era ostentado pelo Prudentópolis, o mascote do Ser­rano é o Tigre da Serra, de no­­­me Ucre, em homenagem aos 80% de descendentes de ucranianos na cidade. (KB)

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