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| Foto: Nigel Roddis / AFP

Consultoria

Santos contrata estudo para ajustar calendário do craque para 2013

Os números mostram porque o Santos pretende lutar para fazer alterações drásticas no calendário de jogos elaborado pela CBF. Em função de convocações para a seleção brasileira, Neymar desfalcou o clube 12 vezes durante o Brasileirão. Com a Copa das Confederações e os preparativos para a Copa do Mundo se aproximando, as ausências devem ser mais frequentes.

O Santos contratou um estudo para tentar apresentar uma alternativa de calendário. Vários clubes brasileiros foram prejudicados por compromissos de jogadores em seleções. Assim que o levantamento for concluído, será apresentado à CBF na forma de proposta. As referências vêm de campeonatos europeus, que buscam evitar coincidências de agendas. O estudo está a cargo do consultor em gestão esportiva Amir Somoggi.

Quem anda reclamando das ausências de Neymar é o técnico Muricy Ramalho. Ele não nega que o jogador é a principal peça do time. Para Muricy, as saídas de Neymar são responsáveis pelo fato de o Santos não estar na briga pelo título do Campeonato Brasileiro. O técnico defende que, apesar da importância de ceder jogadores para a seleção, os clubes sejam priorizados. "Quem paga o jogador é o clube", resume, e acrescenta que ainda há o risco de o atleta se machucar enquanto estiver cedido. Sobre o desfecho da situação, Muricy é irônico. "Tem que ver se eles [seleção] emprestam o Neymar pra gente", brinca.

119 gols

Em 202 jogos pelo Santos, Neymar ostenta 101 vitórias, 51 empates e 50 derrotas. Anotou 119 gols – 1 gol a cada dois jogos. Dos 608 pontos disputados, ajudou o clube a conquistar 354 pontos. São seis títulos e três artilharias pelo Peixe.

60%

Das 33 partidas que o Santos disputou no Brasileirão, Neymar esteve em 13. Em 12 ocasiões, desfalcou o time, pois estava com a seleção brasileira; oito vezes o jogador não esteve em campo por outros motivos (suspensões, problemas médicos e por ter sido poupado para priorizar a Taça Libertadores). Nas vezes em que esteve no gramado, Neymar fez a diferença. O aproveitamento da equipe santista fica na casa de 60% com ele presente e cai para 33% durante as ausências.

Treinamentos, partidas decisivas, assédio da imprensa e participações em atividades publicitárias tornam a vida de Neymar um agito. Mas o momento em que ele concedeu entrevista à Gazeta do Povo estava ainda mais conturbado. Era sexta-feira, dia do último capítulo de Avenida Brasil, e ele, noveleiro assumido, estava monitorando nas redes sociais os desdobramentos sobre o desfecho do folhetim. Três dias antes havia disputado um jogo pela seleção na Polônia e menos de 40 horas depois estava em campo pelo Santos. Devido à sequência de jogos, ganhou folga. Aproveitou para ir ao Rio curtir um show de Cláudia Leitte. Voltou a Santos na manhã seguinte já como o principal assunto na internet, em função de um boato sobre um suposto namoro com a atriz Bruna Marquezine. Chegou ao clube em um utilitário com placa de São José dos Pinhais, carregando o filho Davi Lucca. Em seguida, já com uma compressa de gelo na perna, pouco antes de atender com exclusividade a reportagem, gravou depoimento para o documentário sobre o ex-goleiro palmeirense Marcos.

VÍDEO: Confira trechos da entrevista exclusiva feita com Neymar

A empolgação que você provoca ainda não contagiou os torcedores na seleção. Isso te incomoda?

Estou acostumado com pressão desde pequeno. [Primeiro era a dúvida] se eu seria um bom jogador ou não, depois se chegaria ao time profissional. São fases da vida que a gente tem de enfrentar até que as coisas comecem a dar certo.

Você tem saído bastante para jogar pela seleção, des­­falcando o Santos, que não vai muito bem no Brasileirão. Você se sente frustrado com isso?

Não me sinto frustrado. Eu gosto de defender a seleção e amo defender o Santos também. Eu não reclamo de nada. É o que eu gosto de fazer: jogar futebol. Ainda mais no Santos, que é meu o time de coração.

Vários jogadores estabelecem objetivos, como jogar na seleção, jogar uma Copa ou atuar no exterior. Você já conquistou várias dessas metas. Tem ainda algum sonho?

Meu sonho é conquistar uma Copa do Mundo. É um sonho que aos pouquinhos a gente vai buscando.

O que falta para a seleção chegar preparada em 2014?

Falta só chegar. A gente está buscando a nossa identidade, nossos caminhos. Estamos cada vez melhores, em entrosamento, em tudo e ainda pode melhorar mais.

Quando falam que você já foi vendido para um time, que já tem multa por rescisão de contrato, você se incomoda?

[Risos] Eu me sinto tranquilo, já estou acostumado porque desde quando eu surgi começam a criar essas histórias de que eu vou embora.

Que pergunta você não aguenta mais ouvir?

Acho que não tem. Tem sempre uma ou outra diferente. Depois volta a mesma [risos].

O que você responde para quem diz que só vira um grande jogador quem vai atuar na Europa?

Nada. Eu só continuo jogando o meu futebol aqui.

Você não acredita nisso?

Não, eu não acredito, não.

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Esportes | 4:05

Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, astro santista fala sobre a rotina puxada e a preparação da seleção brasileira para o Mundial.

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