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 | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Filas para ver "final"

Se depender da procura por in­­gressos, o Couto Pereira receberá um grande número de torcedores de Coritiba e Atlético neste do­­mingo. Para o clássico Atletiba de número 307, da carga total de b­i­­lhetes disponíveis para os man­­dantes (31.500), cerca de 50% foi comercializado, de acordo com informações da assessoria do Coritiba. A cota rubro-negra (3 mil) também está perto de se esgotar. Segundo o departamen­­to de comunicação do clube da Baixada, aproximadamente 75% foi vendido e não há mais meias entradas disponíveis. Os números até agora levam a crêr que pelo menos 20 mil pessoas devam com­­parecer ao Couto. Ontem, as filas foram inevitáveis nas bilheterias dos dois estádios.

Justiça

STJD adia julgamento

Pela segunda vez, o julgamento do recurso do Coritiba no Superior Tribunal de Justiça Desportiva foi adiado. A sessão, que estava marcada para ontem, no Rio, não ocorreu por causa de um problema de saúde do promotor Caio Rocha, que o impossibilitou de viajar à sede do STJD. O primeiro julgamento, programado para o dia 8 de abril, também havia sido adiado por conta das fortes chuvas que caíram na capital fluminense no início do mês. "Ainda não há nova data marcada, então ficamos na expectativa. Pode ser já na próxima quinta", diz o advogado do Coxa, Gustavo Nadalin.

Enquanto o Atlético corria ontem à noite, os jogadores do Coritiba descansavam e podiam observar o ad­­versário de domingo; no mo­­mento em que atleticanos viajarem a Curitiba, os coxas-brancas estarão se preparando para mais um treino no Couto Pereira. É em­­pate que praticamente assegura a taça, tabu de dois anos, estádio cheio a favor e jogo em casa. Há tempos não se via um Coxa com tantas vantagens, tanto favoritismo sobre o rival.

Para impedir que o feitiço vire contra o feiticeiro, o técnico Ney Franco abafa os fatos. Favoritismo é assunto proibido no Alto da Glória. "Não é aceitar ou não aceitar: não existe favoritismo", rebate o treinador, ao ser perguntado so­­bre os fatos. "Tudo isso não mu­­da nada. Não existe. É um jogo muito disputado, aonde em alguns mo­­mentos a entrega e a superação se sobrepõem à parte tática ou física".

O discurso do comandante parece ter sido bem entendido pelos jogadores. Marcos Aurélio, peça chave dos dois últimos Atle­­tibas, também não quer saber do rótulo. "Favorito não. A gente tem o apoio da nossa torcida, tem de impor o ritmo de jogo, mas clássico não tem isso", diz, logo ele, que é o grande responsável pelo supermando. Foi da perna direita do Bai­­xinho que saiu o chute no em­­pate da Arena, que manteve as vantagens alviverdes. "Eu pedi para ba­­ter aquela falta, o Fabinho estava nela. Aí eu tive a felicidade de acertar o chute e com isso seguramos o supermando".

Jogar em casa tem feito diferença nos clássicos. O último time atleticano a vencer no Alto da Glória era comandado por Ney Franco, em 2008: 2 a 0 para os visitantes. De lá para cá, no Couto Pereira, duas vitórias do Coritiba (2 a 0 no Pa­­ranaense-2008 e 3 a 2 no Brasi­­leiro-2009) e dois empates (1 a 1 no Brasileiro-2008 e 0 a 0 no Para­­naense-2009).

Mesmo com tantas vantagens, Ney mantém o mistério. "O esquema não muda" é só o que diz o treinador sobre o time para domingo. Pereira ou Demerson ficará de fora da decisão, a cereja no bolo em uma campanha praticamente perfeita. "A gente entende que qualquer um deixará a equipe bem competitiva", afirma o técnico.

Demerson fez política: "Se op­­tar por mim, ficarei feliz, mas se es­­­­­colher o Pereira, tudo bem". Já Pe­­­­­reira procurou se manter mais dis­­­tante da imprensa. Antes de domingo, difícil saber o favorito .

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