Apesar do bom trabalho de equipe, Brasil é terceiro no Mundialito de Triatlo Rápido

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Diante de um público de mais de 30 mil pessoas, o Brasil terminou na terceira colocação desta oitava edição do Mundialito de Triatlo Rápido, disputada neste domingo na praia central de Balneário Camboriú (SC). Formado por Vanessa Gianini, Pamela Oliveira e Fernanda Bau, o conjunto brasileiro somou 90 pontos, ficando atrás da forte equipe do Canadá, com 105 pontos, e da Alemanha, com 96, que teve Rebecca Robisch vencendo as três baterias. O Mundialito faz parte do Verão Espetacular, quadro do programa Esporte Espetacular, da RPC TV.

Seis países participaram da prova - Brasil, EUA, Canadá, Alemanha, África do Sul e México - disputada toda ela sob uma fraca chuva e que deixou o asfalto bastante escorregadio, dificultando principalmente a transição para o ciclismo. O Mundialito foi dividido em três baterias, cada uma delas com 250m de natação, 4km de ciclismo e 1.300m de corrida, valendo para a classificação final o somatório dos pontos obtidos pelas três triatletas da equipe.

Brasil domina na natação

A primeira bateria deste Mundialito teve o Brasil saindo na frente, dominando os 250m da natação desde o início. Pamela, Fernanda e Vanessa passaram toda a etapa juntas na frente, tendo a companhia apenas de uma triatleta do México. Pamela entrou na transição para o ciclismo na primeira colocação, mas logo na primeira volta passou a ter a companhia da americana Jasmine Oeinck (EUA) e de Rebecca Robish. Melhor na pedalada, Rebecca fez a transição para a corrida na frente e dominou toda a etapa, completando a primeira bateria na frente, seguida pelas canadenses Lauren Grove e Rachel McBryde, com o Brasil ocupando as quinta, sétima e oitava colocações.

"A primeira bateria é importante. Todo mundo está com muito gás. A partir da segunda e terceira vamos ver quem tem mais força para aguentar as duas últimas", disse Pamela, à RPC TV ainda se recuperando da bateria.

Com o bom desempenho de Lauren e Rachel, o Canadá saiu na frente, com 34 pontos, seguido pelo Brasil, com 31, e pela Alemanha, com 29. Como na bateria anterior, as brasileiras voltaram a dominar natação, com Pamela na primeira colocação, Fernanda em segundo e Vanessa em quarto. Desta vez, porém, as canadenses Lauren Grove e Rachel McBryde fizeram companhia ao grupo e tomaram a frente logo na transição para o ciclismo. Rebecca Robisch vinha fazendo sua corrida de recuperação e já estava no pelotão da frente na transição para a corrida.

Rebecca é absoluta nas baterias

Apesar de ter chegado na frente, Pamela foi facilmente ultrapassada pelo trio, que se alternava na primeira colocação. Faltando poucos metros para o fim, Rebecca se desgarrou para vencer também a segunda bateria, que novamente contou com Lauren Groves e Rachel McBryde em segundo e terceiro. A evolução de Tina Herklotz e Kathrin Muller, com a vitória de Rebecca, levou a Alemanha para a segunda colocação (62 pontos), atrás do Canadá (71 pontos) e a frente do Brasil, com 61. Para vencer, as brasileiras precisariam ocupar as três primeiras colocações na terceira bateria para não precisar de uma combinação de resultados.

"Somos a equipe mais equilibrada. Temos duas canadenses na nossa frente, mas a terceira está bem longe. Esperamos ganhar na soma da pontuação", disse Vanessa no intervalo.

Pamela dispara, mas perde no fim

Em uma repetição das outras duas baterias, o Brasil voltou a sair na frente nos últimos 250m de natação deste Mundialito. Desta vez, porém, Pamela disparou, abrindo grande vantagem para o pelotão, que tinha as canadenses Lauren Groves e Carol Spring. Sozinha na transição para o ciclismo, a brasileira pedalou absoluta todos os 4km, chegando a abrir mais de 20s de vantagem para as adversárias. Vanessa e Fernanda vinham bem atrás, lutando pela recuperação.

"Antes da largada para a terceira bateria eu falei com as meninas que ia forçar mais o ritmo para tentar chegar na frente", lembrou Pamela.

E a tática vinha dando certo até a corrida. Mostrando que ainda tem muito a evoluir nesta etapa, Pamela foi perdendo o ritmo, sendo facilmente ultrapassada por Rebecca Robisch, pela sul-africana Andrea Stein e pelas canadenses Lauren Groves e Carol Spring, que formaram o pódio da terceira bateria.

"É muito dificil. É uma prova completamente diferente. Valeu a experiência. Estamos aqui para aprender e querer ir a Londres-2012 para trazer uma medalha de ouro para o Brasil", disse Fernanda no fim.