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Estréia em fevereiro, na FPFTV, a produção inédita de um roteiro adaptado. Pela primeira vez, um curso de arbitragem será realizado via internet, transmitido através do canal de tevê da Federação Paranaense de Futebol na web (www.fpftv.com.br).

A intenção dessa espécie de TV Apito é facilitar o acesso de candidatos a árbitros em todas as regiões do estado. A idéia foi discutida com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e aceita sob restrições.

"Aprovamos com ressalvas. A tecnologia avançada propicia o ensino a distância. Mas é necessário todo o cuidado para não comprometer o ensino e a formação dos candidatos", avisou o chefe do departamento de árbitros da CBF, Edson Rezende.

Ele recomendou um misto de ministrações virtuais concentradas em assuntos teóricos e aulas presenciais para desenvolvimento da parte prática. A grade completa do curso é esperada na CBF no início de janeiro.

Como as federações estaduais têm autonomia para definir a formação de seus apitadores, não há uma fiscalização específica. Entretanto, se a CBF não concordar com a preparação, pode impedir aos árbitros formados o acesso ao quadro nacional. Algo como se graduar em uma universidade não reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC).

Segundo Edson Rezende, os cuidados aumentaram após os escândalos de manipulação de resultados em 2005, cujo principal personagem foi o árbitro Edílson Pereira de Carvalho.

Os diplomados pelos métodos convencionais de ensino defendem uma avaliação criteriosa como fundamento de seriedade do curso e também como forma de evitar a graduação de "Edílsons virtuais."

"O único risco que vejo é formarem profissionais na teoria e não na prática do futebol. Sempre digo que o primeiro aluno de um curso não é o melhor árbitro", analisa o ex-árbitro e comentarista do tema José Roberto Wright.

Tomado esse cuidado, ele defende a iniciativa. "A idéia é superválida. Num estado com as dimensões do Paraná, o deslocamento do aluno até Curitiba, uma vez por semana, é inviável", acrescentou.

Representante paranaense no quadro da Fifa, Héber Roberto Lopes se preocupa com uma eventual falta de interação do curso. "Se não for apenas um discurso unilateral e os alunos puderem tirar suas dúvidas, acho uma idéia muito inteligente", afirmou. Segundo a FPF, os esclarecimentos serão via e-mail. Héber fez ainda a mesma ressalva do colega Wright: "Tem de ser apenas sobre a parte teórica."

O diretor da Escola Paranaense de Formação de Árbitros e coordenador do projeto, Nélson Orlando Lehmkuhl, promete seguir todas as recomendações e impor rigor nas avaliações para garantir o ibope do novo programa.

"Ao final de cada módulo serão aplicados testes práticos e teóricos, que devem ocorrer em diferentes regiões do estado, para facilitar a participação. As avaliações presenciais serão obrigatórias. Caso o aluno não compareça, ficará impedido de continuar o curso", explicou Lehmkuhl.

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