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Barrichello festeja a primeira vitória pela Brawn GP com direito a “sambadinha” no pódio e homenagem ao amigo Felipe Massa | José Jordan/ AFP
Barrichello festeja a primeira vitória pela Brawn GP com direito a “sambadinha” no pódio e homenagem ao amigo Felipe Massa| Foto: José Jordan/ AFP

Barrichello ganha toneladas de elogios após o triunfo na Espanha

Ross Brawn, sócio da Brawn GP e responsável por chamar Rubens Barrichello para ser seu piloto, em novembro, desfilou elogios ontem. "Rubens teve performance sensacional, fantástica. Deu tudo nos mo­­mentos precisos e conseguiu abrir as diferenças de tempo que lhe deram a vitória."

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Massa assiste a prova pela tevê e se emociona com homenagem

Valência - O friozinho de 15 graus, ontem, em São Paulo, fez com que Felipe Massa assistisse ao GP da Europa pela tevê, deitado na cama, em sua casa. Torcendo, lógico, por seu amigo Rubens Barrichello. E valeu a pena a torcida. "Fiquei muito emocionado quando vi no seu capacete a homenagem que fez para mim", disse.

Logo em seguida, ao deixar o cockpit da Brawn GP, antes de subir ao pódio, Rubinho abaixou a cabeça a fim de expor a parte superior do capacete para a câmera, onde havia uma réplica pintada de parte do capacete de Massa. Um pequeno texto dizia desejar vê-lo de volta às pistas bem depressa.

"Telefonei para ele e o cumprimentei pela vitória fantástica", falou Massa. "É estranho ver a corrida na tevê. A última vez foi no GP do Japão de 2003, quando era piloto de testes da Ferrari. Acompanhei os tempos de volta com meu laptop também". O piloto da Ferrari falou ter permanecido com os dedos cruzados esperando a nova vitória brasileira na corrida de Valência. "Eu também venci a prova, ano passado, depois de largar na pole e estabelecer a melhor volta."

Nos próximos dias, Massa fará tomografia em São Paulo e na sexta-feira embarca para os Estados Unidos para ser consultado pelo médico Steve Olvey, da Fórmula Indy. Seu retorno à Fórmula 1 no GP do Brasil, no dia 18 de outubro, é uma meta realista.

Agência Estado

  • Confira a classificação

Valência - Nada menos de 84 GPs depois de vencer pela última vez na Fórmula 1 – na China, em 2004, pela Fer­­rari –, Rubens Barrichello obteve ontem, em Valência (Espanha), no GP da Europa, uma conquista histórica. Aos 37 anos e em sua 279.ª participação em corridas da categoria, agora pela Brawn GP, deu ao Brasil a vitória de número 100 no Mundial. "O campeonato está aberto, sim. E, claro, nesse momento de negociações (visando a 2010), um resultado desses ajuda", afirmou, muito emocionado como sempre.

Fazia tanto tempo que Rubinho não ganhava uma prova que sua família promoveu uma festa, neste domingo, em São Paulo. "O Eduardo e o Fernando (filhos) eram pequenos, ainda, na última ocasião. Hoje (domingo) eles entenderam o significado de eu vencer. A Silvana (esposa) me contou que eles pulavam em cima do sofá".

Eduardo tem 8 anos e Fernando, 5. "Gostaria que um dia como hoje tivesse 72 horas para poder comemorar. Apesar de estar vacinado contra as pressões, havia muita. Só meu companheiro (Jenson Button) ganhava, as críticas todas eram contra mim", comentou Rubinho.

Como o inglês foi apenas o sétimo colocado e a dupla da Red Bull – o alemão Sebastian Vettel e o australiano Mark Webber – não marcou pontos, Rubinho avançou bem na classificação. Button soma 72 pontos; Rubinho, vice-líder agora, tem 54; Webber, 51,5; e Vettel, 47. "Ainda é uma diferença grande para o Button (18 pontos), restam seis provas, mas tenho sido mais rápido nas classificações e nas corridas, como ele foi melhor no co­­meço do ano".

As 57 voltas do GP da Europa, sempre sob calor intenso, foram tensas, explicou Barrichello. "An­­dei o tempo todo exigindo quase tudo do carro. Antes do meu segundo pit stop, meu engenheiro só gritava no rádio para eu acelerar, acelerar, mas não dizia o quanto eu precisava", falou.

No primeiro pit stop (20.ª volta), Rubinho ultrapassou Heikki Kovalainen, da McLaren, para ser segundo e tentava se aproximar de Lewis Hamilton, também da equipe inglesa, para fazer a mesma coisa na segunda parada e assumir a liderança. "Consegui uma série de voltas muito boas", lembrou.

Hamilton fez um segundo pit stop desastroso na 37.ª volta (perdeu 5,5 segundos a mais) e tinha uma vantagem de 3 segundos e 686 milésimos sobre Rubinho na passagem anterior. "Eu pararia três voltas mais tarde, mas o Kazuki Nakajima (Williams) começou a lançar borracha do pneu pela pista, minha equipe achou que o safety car poderia ser acionado e me chamou para o pit stop", explicou o brasileiro.

"Nessa hora compreendi que ultrapassaria o Hamilton (na parada) e ganharia a prova", afirmou. "Mas nós temos de realizar algumas operações nos botões do volante e foi tudo muito rápido. Eu estava naquela curva veloz, antes da entrada do box, e não identificava com precisão os botões, disse a mim mesmo justo agora...". O piloto fez o procedimento de forma correta e saiu até com certa folga na frente de Hamilton.

Na corrida, Rubinho realizou um trabalho perfeito: teve calma no início ao perceber que, mesmo com a Brawn GP mais rápida que a McLaren, não ultrapassaria Kova­lainen. Demonstrou agressividade e precisão ao estabelecer ótimos tempos depois de o finlandês pa­­rar, permitindo-o ganhar sua posição. Mais tarde, deu um show com o segundo jogo de pneus ao se aproximar de Hamilton a ponto de ultrapassá-lo para vencer e dedicar a vitória ao amigo Felipe Massa, que o assistia pela TV, em São Paulo.

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