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Foram anos de dúvidas, inquietações e críticas, mas agora a África do Sul parece prestes a realizar uma Copa do Mundo capaz de impressionar os mais pessimistas. Nestes seis anos transcorridos desde que a Fifa decidiu realizar a primeira Copa na África, o país enfrentou uma enorme quantidade de reportagens negativas na imprensa estrangeira e teve que conviver com dúvidas que surgiam também internamente.

Pois faltando menos de um mês para o pontapé inicial parece haver boas perspectivas - embora assuntos como segurança e transportes ainda representem um teste para o sangue frio dos organizadores.

Durante anos, a imprensa dizia que a Fifa tinha um "plano B" para fazer a Copa em outro lugar, caso a África do Sul não ficasse pronta.

Os dez estádios ficaram prontos no prazo, e seis deles - cinco novos; um ampliado e reformado - são arenas magníficas, comparáveis às melhores do mundo. É o caso do Soccer City, de Johanesburgo, maior estádio do Mundial (90 mil lugares), ou das arenas de Durban, com seus notáveis arcos, e da Cidade do Cabo, em forma de banheira. As duas últimas ficam próximas ao mar.

Em alguns casos, esses estádios são mais do que instalações esportivas, servindo como testemunho da confiança e capacidade deste país, que eventualmente enfrenta momentos turbulentos, mas vive um regime democrático desde o fim do apartheid, há 16 anos.

Mais do que em outros países, este evento tem uma enorme importância simbólica para uma nação dividida por séculos de conflitos raciais. Muitos esperam que o fervor patriótico da Copa gere uma aproximação entre negros e brancos.

Realizar o evento esportivo mais visto do mundo também tem o potencial de melhorar a imagem da África do Sul e sua capacidade de atrair investimentos e milhões de turistas adicionais.

Danny Jordaan, chefe do comitê organizador local, diz que, após anos de previsões sombrias de catástrofe, o mundo ficará encantado a partir da cerimônia de abertura, em 11 de junho.

O torneio será um momento histórico comparável ao fim do apartheid. Marcará "o auge dos avanços que fizemos nos últimos 16 anos, e traçará uma nova rota na história do nosso país," disse Jordaan à Reuters.

O presidente Jacob Zuma disse que a Copa "é a maior oportunidade que jamais tivemos para apresentar nossa diversidade e nosso potencial ao mundo". "Devemos nos erguer e contar a história de um continente que está vivo, com possibilidades."

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