Após dia de luto, Paraná se reúne para pensar o futuro

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Rebaixado à Segunda Divisão do Estadual no sábado, o Paraná passou um domingo de Páscoa em clima de luto. Entre a diretoria, o silêncio, iniciado após o em­­pate por 2 a 2 com o Ara­­pon­­gas, foi mantido. Mas deve se en­­cerrar hoje, na reunião do Con­selho Diretor, à noite, na sede social do clube, em que serão discutidas alternativas para o futuro tricolor.

Ontem, entre os dirigentes contatados pela reportagem da Gazeta do Povo, o único a atender a ligação foi o presidente do Conselho Deliberativo, Benedito Gomes Barboza. Ele afirmou que a pauta da reunião desta noite será a montagem da equipe para a Série B (o Tricolor estreia em 21 de maio, contra o Ituiutaba, em Minas Gerais).

Barboza preferiu não comentar a declaração do presidente Aquilino Romani, em entrevista à Rádio Banda B, no sábado, em que sugeria deixar o cargo caso aparecesse alguém disponível a ocupá-lo. "Não ouvi a entrevista, não falei com o Aquilino. Hoje [ontem] é domingo, acho que temos de pensar para amanhã [hoje] começar a tomar decisões", disse.

Já outro conselheiro ouvido pela reportagem sugeriu que a reunião do Conselho, realizada todas as segundas-feiras, seja transferida para outro local, evitando assim a pressão da organizada Fúria Independente.

Apesar do descompromisso com o campeonato, à tarde o time reapresenta-se normalmente para os treinos na Vila Capanema, placo da tragédia de sábado – o Estadual termina protocolarmente para o Paraná no próximo fim de semana contra o Cascavel, o outro rebaixado.

"Esperamos que a Justiça seja feita. E, por isso, queremos uma vitória contra o Cascavel", disse o supervisor de futebol Rafael Zucon, se apegando ao fato de que o clube irá apelar ao tapetão para tentar reverter o insucesso dentro do gramado – o Paraná irá se declarar interessado no julgamento do Rio Branco no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR).

A equipe de Paranaguá é acusada de escalar de forma irregular o jogador Adriano. A procuradoria do Tribunal recorreu após o resultado no julgamento em primeira instância, que condenou o Leão a uma multa de R$ 27,5 mil, descartando, contudo, a perda de pontos. Ainda não há previsão de data para o novo julgamento.

O técnico Ricardo Pinto, de longe o mais abatido entre dirigentes, comissão técnica e jogadores após o resultado de sábado, foi contatado pela reportagem, mas não atendeu as ligações.