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Objetivo de Dinélson é a regularidade no Paraná | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Objetivo de Dinélson é a regularidade no Paraná| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Aos 19 minutos de jogo, logo depois de marcar um gol, Dinélson cai no gramado se contorcendo de dor. A cena, que ocorreu na última terça-feira, no confronto contra o Icasa, causou calafrios no torcedor do Paraná. De imediato veio à memória a imagem do jogador frágil e que, desde 2007, não consegue emendar uma sequência de jogos.

Embora desta vez a torção no tornozelo esquerdo tenha sido aparentemente leve é impossível não associar o histórico de lesões à carreira de Dinélson. Com quatro operações no joelho nos últimos quatro anos, o jogador convive diariamente com a desconfiança sobre a sua condição física. "Qualquer jogador poderia ter se machucado, mas por ser eu sempre a cobrança é maior", lamentou .

Ocasionada pela péssima condição do gramado, ainda não há certeza sobre o grau da torção no tornozelo esquerdo de Dinélson. O atleta vai fazer fortalecimento na região durante a manhã de quinta-feira (29) para saber se terá condições de enfrentar o Vitória, na sexta-feira, na Vila Capanema. "Não sei dizer se foi o buraco do campo. Na hora que bati a bola, pisei muito forte no gramado, meu pé de apoio foi para o lado de dentro".

Apesar do histórico de lesões, o jogador revelou que não sente medo de se machucar novamente. "Depois que eu joguei no estádio do Salgueiro, que o campo parecia uma laje, e não senti dor no joelho tive a certeza que estou muito bem", brincou Dinélson.

O retrospecto, porém, não é favorável ao atleta. Antes de voltar à Vila Capanema no início de agosto, foram apenas 736 minutos – o equivalente a pouco mais de oito jogos inteiros – dentro de campo em quatro anos. Desde junho de 2007, ele atuou em 23 partidas, sendo apenas 5 como titular. Pouco para um atleta que despontou para o futebol como promessa de craque aos 17 anos pelo Guarani.

De lá para cá, outros oito clubes fizeram parte do currículo do jogador, mas em nenhum deles a expectativa sobre o baixinho de 1,65m se concretizou. "Eu achei que não dava mais, que iria sentir dor para sempre. Todo treino era uma tortura".

Hoje, com 25 anos, Dinélson deixou para trás o status de jovem promessa para conviver com o rótulo de "jogador bichado". No seu segundo retorno ao Paraná, porém, ele tem dado indícios de que pode voltar a ter regularidade. Antes de torcer o tornozelo na última partida, o meia-atacante tinha feito quatro jogos seguidos, algo que não ocorria desde o campeonato paranaense de 2007, quando foi vice-campeão pelo Paraná.

Junto com os jogos, os gols também voltaram a aparecer. Nesta Série B ele balançou as redes em duas partidas seguidas, contra Náutico e Icasa. A última vez que isso tinha acontecido na carreira de Dinélson também foi em 2007, nas duas primeiras rodadas da Copa Libertadores, quando marcou nas vitórias contra o Maracaibo e o Real Potosí.

Mesmo com tantas incertezas, Dinélson está recuperando, pouco a pouco, a confiança em si, da torcida e da comissão técnica. Desde que Guilherme Macuglia chegou ao Paraná, o jogador passou a ser o capitão da equipe e a saída dele no jogo contra o Icasa foi decisiva para a derrota paranista.

"Agora eu estou de volta. Não sinto nada no joelho e sei que quanto maior a luta, maior vai ser a minha vitória", disse, para em seguida emendar: "Ninguém esquece de jogar a bola. Só preciso de ritmo para poder me sentir à vontade em campo novamente. E, felizmente, estou conseguindo isso no Paraná".

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