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"Me sinto apunhalado", resume Hernandes Quadri Junior, técnico da equipe DataRo de ciclismo, ao comentar a aparente indiferença dos três ciclistas paranaenses – Alex Arseno, Cleberson Weber e Alcides Vieira – quanto à denúncia de doping por eritropoietina (EPO) na Volta de Santa Catarina. "Nunca usei algo ilícito para competir e não consigo entender que tenham utilizado", prossegue.

O treinador afirma acreditar que, embora neguem, os ciclistas usaram, sim o EPO. Um indício é o comportamento que adotaram desde que a notícia apareceu na mídia, a sexta-feira. "Estão muito calmos. Ligo, não atendem. Até mesmo o Alex, que mora em Curitiba, não consigo encontrar", conta.

A reportagem da Gazeta do Povo tentou contato com os atletas na tarde desta terça-feira. Arseno e Vieira não atenderam aos telefonemas. Weber afirmou ainda não saber de nada sobre o caso.

"Tenho esperado. (A Confederação Brasileira de Ciclismo, CBC, e os dirigentes da DataRo) Ficaram de entrar em contato. Até agora, nada. Não tenho como pagar uma contraprova", afirmou. "Se (a denúncia) for verdade, vai ser complicado ficar dois anos fora das competições". Quadri Junior afirma que a equipe não cogita custear um segundo exame. "Não podemos arcar pelos defeitos de outros", diz.

"Eles receberam o resultado do exame da UCI (União Internacional de Ciclismo) há um mês. Na época, inclusive, o Alcides me procurou. Todos já estavam sabendo", afirma o presidente da CBC José Luís Vasconcellos.

O pedido de contraprova pode ser feito até cinco dias após o recebimento da notificação da CBC, enviada na segunda-feira. Caso não ocorra, será considerado que os ciclistas concordam com o resultado do exame e serão suspensos por dois anos.

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