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Foi pequena a mobilização popular para a discussão da possibilidade da Copel patrocinar parte das obras da Arena para a Copa 2014. Apenas cerca de 20 pessoas pediram a palavra após a manifestação de deputados e membros do comitê do Mundial no Paraná. Se viu de tudo. Desde um apelo emocionado pela confirmação do evento na cidade: "O que vou dizer para os meus filhos? Que não tentamos? Que teremos que viajar para ver os jogos?", bradou um popular; até argumentos nada consistentes como: "O Atlético tem um estádio novo, quem precisa mais disso é o Paraná" ou "Enquanto pensam em estádios, faltam bolas nas escolas." Além do chavão: "Vamos pecar pelo autofagismo novamente?"

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Assembleia

Apesar das galhofas como "Deveriam investir no Pinheirão, pois tenho três cadeiras lá" e "Arena é um nome maldito, me lembra a ditadura", o deputado estadual Antônio Anibelli (PMDB) jogou no ar algo a se pensar. "Esse problema [estádio] é da CBF (sic) e não do estado", disse.

Plano B?

Durante a semana, novamente um suposto plano B foi divulgado para a Copa em Curitiba. O deputado estadual Reinhold Stephanes Jr. (PMDB) ressucitou a possibilidade da construção da "Arena Paratiba", onde hoje é o estádio do Pinheirão.

Ele voltou

Dentro do padrão cordial da Assembleia, foi rebatido de bate-pronto pelo ex-presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia (colega de mesa do deputado durante a audiencia): "É bravata. Conheço todos os projetos e construtoras e não há como fazer em tempo hábil." Stephanes retrucou: "Desta vez está bem costurado..."

Sincericídio 1

Não foi só o presidente da Copel, Ronald Ravedutti, que sofreu criticas pelas declarações em torno da possibilidade da companhia entrar no pacote da Copa. Amadeu Geara, presidente do conselho fiscal do Atlético, sofreu reprimendas veladas por ter falado em acréscimo de valores no orçamento da Arena.

Sincericídio 2

"Não entendo o que ele tem que abrir a boca para tumultuar", disse um dos membros do comitê, que pediu para não se identificar. "O prejuízo do Atlético é do clube. E será que um estádio novo não está bom para eles?" Em tempo: Geara entrou em contato com a Gazeta do Povo para justificar as contas, reforçando que o prejuízo do clube será absorvido pelo próprio.

No Couto?

Caso se confirme a obra na Arena, estima-se que o Atlético fique dois anos longe de casa. E procure um estádio para jogar. De acordo com o caderno de encargos da Fifa, a CBF tem a prerrogativa de indicar um estádio para o clube, que poderia ser o Couto Pereira. A possibilidade não é comentada por nenhuma das partes. Atlético, Coritiba e Comitê Local assumem que o assunto está em pauta, mas que é cedo para qualquer negociação nesse sentido.

Para refletir

Chamou a atenção a presença de Nelson Justus, presidente da Assembleia Legislativa, na reunião que tentou alinhavar as garantias financeiras para a Arena, na quinta-feira.

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