• Carregando...

Final da Libertadores 2005. O São Paulo não aceita jogar a primeira partida na Arena, com capacidade inferior aos 40 mil lugares determinados pelo regulamento, e trabalha nos bastidores para impedir que a Conmebol abra uma exceção.

Um mês depois, revanche na Baixada pelo Brasileiro. Ensandecido, o cartola atleticano Mário Celso Petraglia chama o zagueiro Alex de assassino depois da jogada que machucou gravemente o meia Fabrício. Apenas uma amostra da rivalidade que tomou conta do duelo vencido por 4 a 2 pelo Rubro-Negro.

Atleticanos e são-paulinos voltam ao gramado da Arena hoje, às 16 horas. E o confronto que pelo histórico recente já seria quente ferveu durante a semana.

Não bastasse a audiência do caso Aloísio ter sido marcada para a véspera da partida, o superintendente de futebol são-paulino, Marco Aurélio Cunha, comparou o Joaquim Américo a São Januário, palco dos desmandos do presidente vascaíno Eurico Miranda e muita pressão em cima de árbitros e visitantes.

Empolgada com a boa fase do time e sedenta por adrenalina, armazenada mais do que o normal por causa da falta de um Atletiba na temporada, a torcida rubro-negra promete transformar a Baixada outra vez no Caldeirão do qual o São Paulo teria corrido em julho do ano passado. Pela primeira vez em 2006 se espera lotação máxima do estádio.

Nas ruas de Curitiba ou na internet, a promessa é de muita pressão para cima dos paulistas. Mas só sonora e psicológica, até pelo comportamento normalmente correto dos torcedores atleticanos em outras partidas e por saberem que qualquer atitude diferente pode causar perda de mandos de campo.

O que preocupa o superintendente são-paulino é o tratamento dispensado pelo Atlético aos visitantes. "Nas duas últimas vezes que estivemos lá tivemos problemas. Numa delas o nosso jogador (Júlio Santos) que comemorou um gol foi agredido. Na outra aconteceu aquele episódio do choque do Alex com o Fabrício e toda a confusão depois", exemplificou Cunha, que também citou a proibição de aquecimento no gramado e incidentes com seguranças.

No início da semana, ele revoltou membros da delegação atleticana em Buenos Aires ao dizer que temia ser prejudicado pela arbitragem por causa da boa relação do diretor desportivo do Atlético, Marcos Moura Teixeira, com a CBF.

Em Curitiba, o presidente do Conselho Gestor do Rubro-Negro, João Augusto Fleury, considerou a declaração uma tentativa do São Paulo de pressionar o juiz. Alegou também que na verdade é o Atlético que sofre maus tratos quando vai ao Morumbi.

Em campo, a preocupação do técnico Vadão é fazer com que o clima de rivalidade extrema não atrapalhe a equipe, que vem trabalhando em ambiente descontraído desde que os bons resultados começaram a aparecer. "Precisamos esquecer essa rixa e nos concentrar no fato de que temos a chance de ganhar três pontos quando quase ninguém mais joga. Podemos subir para o sétimo lugar", afirmou o treinador, pensando em quem sabe devolver o Furacão à Libertadores em 2007. Onde tudo começou.

Na TV: São Paulo x Atlético, às 16 horas, no Premiere F.C.

Em Curitiba

AtléticoCléber; Jancarlos (Evanílson), Danilo, João Leonardo e Michel; Erandir, Marcelo Silva, Cristian e Ferreira; Marcos Aurélio e Denis Marques.Técnico: Vadão.

São PauloBosco; Ilsinho, Fabão, Miranda e Júnior; Josué, Mineiro, Souza e Danilo; Leandro e Edgar. Técnico: Muricy Ramalho.

Estádio: Arena. Horário: 16h. Árbitro: Cléver Assunção Gonçalves (MG). Auxiliares: Marco Antônio Gomes (Fifa-MG) e José Carlos de Souza (MG).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]