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Rubén Magnano, campeão olímpico em Atenas, tem currículo respeitável | Gaspar Nobrega/CBB
Rubén Magnano, campeão olímpico em Atenas, tem currículo respeitável| Foto: Gaspar Nobrega/CBB

Rubén Magnano já anunciou a sua primeira providência como técnico da seleção brasileira mas­­cu­lina de basquete: "Vou co­­meçar a aprender português. Peço desculpas por ainda não ter aprendido nestes cinco dias. No começo, teremos mesmo que nos comunicar em portunhol", brincou o argentino, apresentado ontem em São Paulo.

A piadinha serviu para quebrar o gelo, embora Magnano tenha deixado claro que, quando o as­­sunto é trabalho, tudo é muito sé­­rio. O argentino, campeão olímpico em Atenas-2004 e vice-campeão mundial em Indianá­polis2002, foi taxativo ao dizer que o sucesso só é alcançado com muita disciplina. Confirmou a fama de durão.

"Existem regras que terão de ser respeitadas. Um jogador que reclama de muito trabalho não está em um bom caminho", declarou, ao ser questionado sobre a fama de disciplinador. "Estou aqui para vender trabalho, o elemento que permite ter um objetivo ao alcance das mãos. Mas não posso esquecer do lado emotivo. Temos de so­­nhar e alimentar sonhos por meio de atitudes".

Sonhos não faltam ao basquete brasileiro. Magnano, portanto, foi o escolhido para concretizá-los. "Por isso precisamos da ajuda de todos: jogadores, técnicos e dirigentes". Com contrato até o Pré-Olímpico de 2011, seu primeiro objetivo é o Mundial da Turquia, em agosto deste ano. O país vem de seu pior desempenho no torneio, um 19.º lugar.

"Não tenho condições de dizer se ficaremos em 3.º, 5.º ou 9.º. Só posso dizer que a seleção pode fa­­zer um bom papel", garantiu. "O que o Brasil fez em Porto Rico (quando ganhou a Copa América, no ano passado) foi alentador. Vi atitudes que me deixaram contente". Admite que o grande desafio se­­rá a conquista da vaga para os Jo­­gos de Londres. "São duas vagas para as Américas, o que acho injusto. É difícil, mas não impossível. Precisamos sonhar, repito".

Magnano trabalhou por 12 anos na seleção argentina, quatro deles como técnico da seleção adulta, e comandou todos os níveis da base. Deixou o time após a conquista do ouro olímpico para trabalhar na Europa. No ano passado, voltou ao clube em que começou sua carreira, o Atenas de Córdoba, e venceu a Liga Argentina.

No Brasil, terá grande envolvimento com as seleções menores e com a formação de técnicos. A par­­tir de março, quando se mudará para São Paulo, o técnico pretende correr o Brasil para conhecer jogadores e treinadores de todos os níveis. "Temos de olhar pa­­ra a seleção sub-18, de provavelmente dará muitos atletas pa­­ra 2016". Antes, em fevereiro, via­­jará para os Estados Unidos para conversar com os astros brasileiros da NBA.

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