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| Foto: Ana Serafim/ Reprodução

Alviverdes

Paraíba adiantado

Contra o Internacional, amanhã, às 18h20, no Couto Pereira, Carlinhos Paraíba jogará pela primeira vez, desde a abertura do Brasileiro (2 a 0 sobre o Palmeiras, em 10/05), como principal armador ofensivo do Coritiba. "Terei mais liberdade", garante ele, escalado na função do suspenso João Henrique. Alê, voltando de suspensão, fará dupla de volantes com Leandro Donizete.

Voltando

Retornando após quase três meses por uma lesão muscular na coxa esquerda, o lateral-direito Marcos Tamandaré revelou que quase deixou o Coxa. "Estava tão triste por não jogar que quase pedi rescisão", revelou. A última partida do jogador, que teve uma lesão no mesmo local durante o Paranaense, foi em 12/07: 2 a 2 com o Goiás. Amanhã, ele entra na vaga de Rodrigo Heffner, vetado por pubalgia.

Para inglês ver

O Coritiba representará o Clube dos 13 na Assembléia-Geral da Associação das Ligas do Futebol Europeu (EPFL). O presidente Jair Cirino e o responsável pelos projetos internacionais do clube, Oliver Seitz, estarão no evento que ocorre em Londres (ING), nos dias 7 e 8 de outubro.

Domingo teve festa com direito a foguetório na região de Mataderos, em Buenos Aires. E não era para comemorar um gol do Nueva Chicago, o time do bairro. Um dos "filhos" mais promissores da localidade, o atacante Ariel Nahuelpan, fez seu primeiro jogo como titular no Coritiba logo frente ao rival Atlético. Gol que foi motivo de alegria não só no Couto Pereira.

"Quando ligamos para falar do jogo, o bairro inteiro já sabia que ele tinha feito um gol. Agora, nossos familiares são todos torcedores do Coxa", comenta Bárbara, mulher do centroavante, segurando no colo Bautista, o filho do casal, de apenas 7 meses. "O ‘Bauti’ (apelido carinhoso dado pelo pai) é muito grande e tem uma fome", descreve o jogador, sabendo que o herdeiro tem tudo para puxar o seu 1,90 m de altura. "Se não estiver muito frio, ele vai pela primeira vez ao estádio no sábado (amanhã, contra o Internacional)."

No apartamento dos Nahuelpan, no bairro Cabral, em Curitiba, tudo é motivo para descontração. Ao lado do seu guru na cidade, o ex-meia Eduardo Dreyer – ídolo alviverde na década de 70 e um dos responsáveis pela indicação do reforço ao clube do Alto da Glória –, o novo parceiro de Keirrison não perde a chance de nenhuma brincadeira.

Ao ver a mulher passando pela sala, o camisa 37 já ensaia um pouco do que aprendeu de português com os colegas de time.

"Essa é minha esposa Bárbara, e ela não é ‘Maria Chuteira’. Na internet, fica de olho para ver se não converso com nenhuma ‘botineira’ (como são chamadas as moças que perseguem os jogadores na Argentina)", conta, com o sorriso largo de quem ficou feliz com as primeiras chances no Verdão.

"Ele é o mais brasileiro dos argentinos", compara o volante Rodrigo Mancha, um dos que mais se esforçaram para que o apelido de Gringo pegasse no clube. "Já em campo, é bem argentino, pura raça", acrescenta.

Brincadeiras à parte, nem o jeito descontraído de Ariel resistiu à quase interminável novela que a vinda do jogador para o Coxa se transformou. A negociação com o Nueva Chicago começou em janeiro e a idéia era tê-lo já em março. Porém, a história demorou para se definir, e a compra de 80% dos direitos federativos por US$ 1,7 milhão só se concretizou em julho. Algo que explica o desabafo irado na comemoração do primeiro gol no Alto da Glória.

"Eu estava enlouquecido. Jogando lá com a cabeça aqui", revela. "Foi tudo muito traumático. Agora, aos poucos o Ariel vai se soltando", diz Dreyer, que também estreou em Atletiba marcando gol – foram dois, em 1972.

Muito novo para saber com detalhes a história do seu padrinho no Coritiba, Ariel, que completa 21 anos no próximo dia 15, conhece bem a história do seu conterrâneo e adversário no jogo de amanhã: o armador D’Alessandro, do Inter.

"Sou torcedor do River Plate (onde o meia foi revelado). Acho o D’Alessandro um grande jogador, que só passou em grandes equipes. Será uma felicidade jogar contra ele", avalia o atacante, querendo que o craque do Colorado também passe a reverenciar seu futebol.

Perdendo a cada dia a timidez e revelando seu jeito brincalhão de ser, de um argentino desconhecido que começou a jogar bola na praça em frente à casa da sua família em Mataderos, Ariel quer se tornar ídolo da torcida coxa-branca.

Aos poucos, se prepara para a maior responsabilidade que se aproxima – substituir o artilheiro Keirrison em campo e no coração dos alviverdes.

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