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Pat McQuaid, presidente da UCI, pediu para Lance Armstrong ser esquecido do esporte | AFP
Pat McQuaid, presidente da UCI, pediu para Lance Armstrong ser esquecido do esporte| Foto: AFP

Em anúncio oficial nesta segunda-feira (22), a União Ciclística Internacional (UCI) confirmou a decisão da Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada) e cassou os sete títulos da Volta da França conquistados pelo norte-americano Lance Armstrong. Pela mesma decisão da UCI, o ciclista foi banido do esporte por ter elaborado um sofisticado esquema de doping nas equipes em que competiu.

"Lance Armstrong não tem lugar no ciclismo e merece ser esquecido do esporte", declarou o presidente da UCI, Pat McQuaid ao aceitar o relatório produzido pela Usada (na sigla em inglês). "Este é um dia histórico para o ciclismo", declarou. O dirigente disse ainda que vai aceitar a decisão da agência norte-americana e não vai apelar à Corte Arbitral do Esporte.

Com a decisão, Armstrong perderá oficialmente os sete títulos consecutivos que conquistou na Volta da França, entre os anos de 1999 e 2005. O nome do ciclista será apagado do livro dos recordes e nenhum competidor herdará os troféus. Assim, não haverá nenhum vencedor oficial nestes anos, segundo antecipou o diretor da competição, Christian Prudhomme.

A decisão da UCI acompanha o relatório divulgado pela Usada há duas semanas. Na ocasião, a agência defendeu o banimento de Armstrong por ter elaborado "o mais sofisticado, profissional e bem-sucedido programa de doping que o esporte já viu" nas equipes U.S. Postal Service e Discovery Channel.

O relatório da Usada, que baniu Armstrong e cassou todos os seus títulos, se apoia no testemunho de 11 ex-companheiros do ciclista para fundamentar as acusações de que o ex-campeão da Volta da França utilizava esteroides, EPO e transfusão de sangue para trapacear no esporte.

"Fiquei enojado pelo que li no relatório", disse o presidente da UCI, ao citar o testemunho de David Zabriskie. "A história que ele contou sobre como foi coagido a até forçado a se dopar é chocante".

A decisão da UCI deverá ser definitiva porque Armstrong já declarou que não pretende levar o caso adiante - poderia recorrer à CAS. O atleta de 41 anos já negou o doping diversas vezes e diz que os resultados negativos nos centenas de testes ao qual foi submetido nos últimos testes provam sua inocência.

Fora das principais competições, Armstrong tem se dedicado à fundação Livestrong, que tem por objetivo levantar fundos para pesquisas sobre o câncer. No domingo, antes de saber a decisão final da UCI, ele recebeu o apoio de cerca de 4.300 ciclistas em uma corrida beneficente no Texas.

Ele afirmou que tem enfrentado semanas "bem difíceis", diante das acusações de doping. "Estou um pouco melhor, mas já tive bem mal", declarou o atleta, que abdicou da presidência da sua fundação por causa da repercussão do relatório da Usada.

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