Arrasador na temporada, Coxa solta o verbo contra o calendário

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Com tantos números para comemorar – melhor aproveitamento dos times da série A, recorde de vitórias consecutivas e maior série invicta na história dos Para­­naenses, seu melhor início de temporada, liderança absoluta no Estadual... –, o Coritiba tem também uma contabilidade que preocupa: o número de lesões de seus jogadores.

Na partida de sábado, contra o Iraty, foram duas: o meia Marcos Aurélio, com dores musculares na coxa, e o volante Tcheco, com uma torção no tornozelo. A vitória por 4 a 2 fora de casa marcou a volta de Leandro Donizete, recuperado de um problema no tornozelo e uma tendinite. Já estavam no departamento médico e não viajaram para Iraty o zagueiro Pereira, o lateral Eltinho e os atacantes Bill e Leonardo.

"Essas lesões não me preocupam. Deveriam preocupar as pessoas que comandam o futebol brasileiro. Não posso treinar uma equipe 13 dias e começar o cam­­peo­­nato. Isso prejudica uma equipe como o Coritiba que está se ex­­pondo, jogando em busca da vitória. Naturalmente, fazemos todo o possível para preservar os jogadores. Essa é a necessidade de ter um elenco bom, ter quem possa substituir à altura", afirmou o técnico Marcelo Oliveira após a 12. ª vitória consecutiva da equipe.

Para manter o time em condições físicas de jogo, Oliveira tem sido obrigado a mudar a rotina dos treinos. Na véspera do jogo em Irati, por exemplo, cancelou um treino tático para que os jogadores tivessem mais tempo de descanso.

O excesso de "visitas" dos atletas ao departamento médico vai dificultar a definição dos 11 titulares que nesta quarta-feira enfrentam o Atlético-GO na partida de volta da segunda fase da Copa do Brasil, no estádio Couto Pereira.

"Sabemos que vai ser um jogo difícil. O Atlético é um time de nível da Série A. Mas vamos im­­por nosso ritmo, jogar com o regulamento embaixo do braço", afirma o atacante Anderson Aquino, referindo-se à vantagem do empate, conquistada na vitória por 2 a 1 em Goiás.