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Renovação

Quatro titulares hoje também ocupavam a posição há dois anos: Júlio César, Daniel Alves, Thiago Silva e Neymar. Em 2011, Mano usava três que haviam disputado a Copa da África do Sul com Dunga: Júlio César, Lúcio e Robinho. Se manteve mais os titulares absolutos em campo no período de preparação, Felipão por outro lado rodou mais as peças indefinidas. Sua média é de quatro estreias por partida, contra 3,1 de Mano.

"Chega bem", disse ontem, sem nenhum sinal de hesitação, o técnico Luiz Felipe Scolari ao ser questionado sobre o estágio da seleção brasileira para a partida de abertura da Copa das Confederações contra o Japão, hoje, em Brasília. A competição será apenas a segunda sequência de jogos oficiais da equipe após o Mundial de 2010. Na primeira, a Copa América de 2011, na Argentina, Mano Menezes parecia chegar com confiança parecida. Mas apostas que não deram certo fizeram as convicções do ex-treinador nacional ruírem logo após o empate sem gols com a Venezuela na estreia.

Felipão repetiu mais jogadores em suas escalações do que o antecessor: a média é de 76,4% de manutenção do time titular – desconsiderando os amistosos com Bolívia e Chile, nos quais só pôde usar atletas que atuam no futebol brasileiro. A de Mano nos oito amistosos até a Copa América era de 65,9%.

Além disso, o atual treinador carrega a vantagem de ter definido e testado o time em dois amistosos de bom nível: o empate por 2 a 2 com a Inglaterra e a vitória por 3 a 0 sobre a França, nos últimos fins de semana – anteriormente havia perdido para os ingleses em sua estreia e empatado com Itália e Rússia. Do jogo no Maracanã para o da Arena do Grêmio, apenas a troca de Filipe Luís por Marcelo na lateral esquerda.

Em 2011, Mano esperou quase um ano para colocar em campo novamente Ganso, que só havia participado do primeiro amistoso da seleção sob o seu comando – vitória por 2 a 0 sobre os Estados Unidos – antes de sofrer lesões em sequência. E nele jogava a expectativa de comandar o meio de campo. Ainda bancava Robinho, apesar da má fase.

Felipão não tem nenhum "Ganso" – o próprio, cada vez mais em baixa, não passou nem perto de ser convocado. As últimas definições, além de Marcelo, foram os volantes Luiz Gustavo e Paulinho e o atacante Hulk. Entre eles, o jogador do Bayern de Munique, titular apenas nas duas últimas partidas, é o que ganhou espaço mais tarde.

Muitas vezes misterioso, desta vez o treinador não tem problema em adiantar na véspera a escalação. "Estou satisfeito. Tenho visto o trabalho desses atletas, com muita vontade, o ambiente que estão criando, a cobrança entre eles e a melhora acentuada. Tenho confiança absoluta no que faremos", garantiu.

O discurso de Mano não era tão diferente. Pelo menos até as críticas após a estreia em La Plata e a súbita perda de convicção, passando pela entrada de Jadson para ajudar Ganso na criação e a ida do até então titular absoluto Robinho para o banco no segundo jogo, antes de mudar de ideia novamente no terceiro.

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