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Campo Mourão e Curitiba – A decisão entre Paraná e Adap recebeu ontem a primeira pitada de polêmica. Insatisfeita com o assédio do Tricolor a três dos principais jogadores da equipe de Campo Mourão (Fábio, Batista e Fábio Lopes), o gerente de futebol do Leão, Luiz Chanceller, criticou o que ele classificou como uma estratégia paranista para desestabilizar o time do interior.

"Eles soltam esse tipo de notícia com a intenção de fazer os nossos atletas amolecerem. Realmente nós fomos procurados pela diretoria do Paraná, que se mostrou disposta a contratar o goleiro Fábio e os meias Batista e Felipe Alves. Mas não passou disso, de uma sondagem", disse o cartola. "Não tem como fechar uma negociação dessas em meio à final do campeonato. O pensamento da Adap está totalmente voltado para os dois jogos decisivos. Nem tivemos tempo para pensar no futuro, quanto mais falar quem vai ficar e quem vai sair", completou Chanceller.

Em Curitiba, pouco antes do embarque da delegação tricolor para Maringá – onde amanhã começa a final do Estadual –, as acusações do dirigente rival foram rebatidas pelo principal responsável pela vinda de reforços para a Vila Capanema. O diretor de futebol Durval Ribeiro, o Vavá, negou os contatos com o trio de atletas do interior, mas não deixou de responder o adversário.

"Quando jogamos contra a Adap perguntei a idade de alguns jogadores e só. Jamais traria para o Paraná um jogador que fizesse corpo mole em algum lugar. Senão o que esse atleta poderia fazer depois?", questionou. "Estamos com vários contatos para o Brasileiro, mas é tudo sigiloso."

Embora Vavá não confirme as propostas, na quinta-feira pessoas próximas à cúpula tricolor garantiram que pelo menos os meias Felipe Alves e Batista já teriam até um contrato assinado para o Nacional. Após o treinamento da manhã de ontem no Durival de Brito, o presidente José Carlos de Miranda e o técnico Luiz Carlos Barbieri confirmaram o interesse nos adversários.

Questionados sobre os nomes de Batista e Felipe Alves, Barbieri e Miranda não esconderam o jogo. "Não são apenas os dois (Felipe Alves e Batista), tem mais gente que interessa", afirmou o treinador. "Três jogadores já assinaram com a gente, mas não posso revelar. Tem gente do inteiror contratada, mas esses da Adap não falamos antes dos jogos finais", disse o presidente.

Tática semelhante a que a cúpula da equipe do Noroeste acusa o Paraná foi usada no ano passado pelo Fluminense às vésperas da decisão do Campeonato Carioca com o Volta Redonda. Também antes do primeiro jogo da final, o Tricolor deixou vazar a informação de que já ha-via contratado o goleiro Lugão e o lateral-direito Schineider do Voltaço. O Flu terminou campeão estadual e os dois jogadores não vingaram nas Laranjeiras.

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