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Luciano Amaral, do Coritiba: espero "acertar um chutezinho de fora da área." | Hedeson Alves/ Gazeta do Povo
Luciano Amaral, do Coritiba: espero "acertar um chutezinho de fora da área."| Foto: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo

Geografia do clássico mostra domínio paranaense e paulista

Leonardo Bonassoli, especial para a Gazeta do Povo

Quando rolar a bola no Couto Pereira, amanhã, às 16 horas, estarão em campo jogadores de pelo menos 18 cidades diferentes. No total, o número de paranaenses e paulistas totalizados nos times-base é igual: cinco pa­­ra cada estado, os mais re­­pre­­sen­­ta­­dos no clássico.

Quanto às regiões do país, é um Atletiba equilibrado. São se­­te jogadores dos Sul (dois gaúchos se somam aos paranaenses) e sete do Sudeste (dois mineiros se unem ao quin­­­teto paulista). O Nordeste vem logo em seguida, com seis representantes em campo, metade da Pa­­raí­­ba. O duelo te­­rá ainda dois es­­trangeiros: o colombiano Valen­­cia, pelo Atlético, e o argentino Ariel, pelo Coritiba

  • Nei, do Atlético: espera ser lembrado por se destacar no clássico

Henrique Dias saiu do banco de reservas para ficar marcado na história do Atletiba. Ainda está vivo na memória do torcedor alviverde o gol marcado na Arena, que determinou a conquista do título estadual de 2008.

Lima teve de trocar de lado para deixar a sua marca no maior clássico paranaense. Virou ídolo ao bater o pênalti decisivo na final do Paranaense de 2005. O lance valeu o título do Estadual em cima do Alviverde.

Os dois mais recentes personagens do maior clássico do estado não necessitaram de largo histórico ou grande experiência em Atletibas para se tornarem personagens eternos do confronto e virarem inspiração aos atuais jogadores de Coritiba e Atlético. Em princípio sem identidade com o Atletiba, a maioria dos atletas da dupla entrará em campo amanh㠖 às 16 horas, no Couto Pereira – esperando repetir os feitos de Henrique e Lima.

"Não dá para saber quanto tempo ficarei aqui, mas há jogadores que ficam marcados só por um clássico", afirma Rafael Miranda. "Clássico marca. Espero que no domingo eu possa acertar um chutezinho de fora da área que nos dê a vitória", diz Luciano Amaral.

Os dois são estreantes em clássicos e dão um pouco do tom do úl­­timo Atletiba do ano. Dos 22 jogadores que estarão em campo, poucos têm uma forte identificação com o clube que defendem. A começar pelos ídolos Marcelinho e Paulo Baier aos jogadores pratas da casa – veja nesta página um quiz para saber quanto os jogadores de cada clube conhecem da equipe em que atuam.

"São vários jogadores que vão disputar pela primeira vez, mas a responsabilidade de ganhar é sempre a mesma", afirma Édson Bas­­tos. "Quem não jogou Atletiba, jogou outros clássicos", diz o goleiro atleticano Galatto.

Mas quem conhece, sabe: para entrar no clima de Atletiba não é necessário mais do que a semana de véspera do jogo.

"Estava até comentando com o pessoal, o número de vezes ouvimos ‘vamos ganhar domingo’", diz Jéci, que tem na ponta da lingua algumas situações pitorescas antes do confronto. "Uma senhora de idade, no meu prédio, começou a conversar comigo na maior elegância, mas quando ela foi se despedir disse: ‘domingo é questão de honra!’", lembra. "Fui no super­­mer­­cado e já vieram me abraçar e co­­brar. ‘Domingo temos de ga­­nhar’", conta o atleticano Nei.

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