Atleticanos se divertem com a derrota cruzeirense na final da Libertadores

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Se ainda não existe o dia do torcedor do Atlético-MG, 15 de julho pode ser uma boa opção. A derrota do Cruzeiro para o Estudiantes, da Argentina, nesta quarta-feira, e a perda do título da Libertadores foram comemoradas como um título pelos atleticanos. Logo após a partida, muitos foram às ruas para fazer buzinaço e tirar aquela onda com os rivais. Na manhã desta quinta, usar a camisa do Galo era quase uma obrigação, tanto pelo fato de ser dia de jogo contra o São Paulo, no Mineirão, pela 11ª rodada do Brasileirão, quanto para zoar os cruzeirenses.

Na Praça Sete de Setembro, no centro de Belo Horizonte, os alvinegros se concentraram para comemorar a frustração alheia e não perdoaram os corajosos que passavam com a camisa celeste. O técnico mecânico David Duarte comprou a faixa que seria do tri da Raposa e usou sobre a camisa do Atlético como forma de provocação.

"O Cruzeiro tinha mandado fazer a faixa para comemorar o título, mas o Estudiantes colocou água no chope deles. Quero ver agora quem vai para Dubai enfrentar o Barcelona. Os cruzeirenses estavam falando que o Kléber é melhor que o Messi. Melhor que o Kléber o Tardelli (atacante atleticano). O Galo joga hoje, vamos manter a liderança e fazer a verdadeira festa no Mineirão. A torcida do Cruzeiro não foi torcer ontem, foi assistir ao jogo", provocou.

Os amigos Rodrigo Fernandes e Guilherme Souza escolheram a camisa da seleção argentina para mostrar felicidade com o resultado da decisão continental. Isso sem falar nos autógrafos do volante Verón e do zagueiro Schiavi, ambos do Estudiantes.

"Foi bom demais", disse Rodrigo. "Não tem coisa melhor do que ver o Cruzeiro perder", completou Guilherme.

Mas o lado celeste não é só decepção. O auxiliar de produção Ronaldo Adriano reconheceu a boa campanha do time na Libertadores, vestiu a camisa azul e encarou as provocações numa boa.

"Como cruzeirense, sou corajoso. Coloquei a camisa para mostrar que tenho orgulho de ser cruzeirense. O dia não está fácil, mas fiz questão de vestir esta camisa. É de coração", disse.

Para ele, o sonho de conquistar o tricampeonato sul-americano foi apenas adiado.

"Fica para o ano que vem", afirmou.