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Se quiser contratar Toninho Cerezo para a temporada 2006, a diretoria do Atlético precisará esperar de 30 a 40 dias para ver o treinador trabalhando efetivamente com o time no gramado. Este é o período de recuperação previsto para o ex-jogador, que vai se submeter a uma cirurgia no joelho direito na próxima semana. Como nas primeiras semanas do ano a ênfase será na parte física do elenco, o clube diz que pode até esperar.

Cerezo, 50 anos, não esconde a negociação com o Furacão. "Já conversei por telefone com o (presidente do Conselho Deliberativo, Mário Celso) Petraglia e passei a minha posição. Expliquei que precisaria de um tempo para fazer a cirurgia e resolver assuntos pessoais. Por isso deixei o clube bem à vontade se quiser contratar outro treinador", contou à Gazeta do Povo, de Belo Horizonte.

Ele informou que pretende vir a Curitiba no próximo fim de semana fazer uma visita "sem compromisso" a Petraglia, seu "amigo de longa data". "Temos uma amizade desde que eu jogava na Sampdoria (da Itália, de 1986 a 91). Quero conversar pessoalmente, pois ainda não chegamos a falar de salário e outros detalhes."

O treinador deixou claro que, se o clube concordar em esperar o tempo que pediu, gostaria muito de assumir o cargo. "O único empecilho é esse período de recuperação. Acho fundamental estar em plenas condições físicas porque gosto muito do trabalho de campo. Depois retomo normalmente a carreira. Se for no Atlético, melhor. Uma grande estrutura facilita tudo", elogiou.

Se depender do planejamento atleticano, não há muito problema em esperar um mês para definir o comandante. "Diferentemente de outras agremiações, temos uma comissão técnica formada e todas as áreas integradas. Quando chega um técnico, é apenas para compor", explicou o presidente do Conselho Gestor, João Augusto Fleury.

Segundo ele, é supérflua a presença de um estrategista no momento. "Por enquanto, quase todo o trabalho será centrado no condicionamento físico. Assim, há a possibilidade de esperar alguns dias. Mas isso independe de ser ou não o Cerezo. Temos três ou quatro jogos do Paranaense que não vão resolver a nossa vida. Neste ano ela está na Copa do Brasil, na Sul-Americana e no Brasileiro."

Opções caseiras

Fleury acrescentou que o clube possui em sua comissão técnica quatro profissionais com experiência no comando de equipes: os auxiliares Vinícius Eutrópio (que vai dirigir o time nas primeiras rodadas do Paranaense) e Nílson Borges, o consultor técnico Borba Filho e o preparador físico Riva de Carli.

O fato de Cerezo ter passado muito tempo longe da terra natal também parece ser irrelevante. "Não dava para acompanhar tudo. Via apenas alguns jogos do futebol brasileiro no Japão. Mas isso não atrapalha. Acho que minha visão de futebol é muito grande e o importante é o time ter estrutura e bons jogadores", discursou o técnico, aproveitando para elogiar novamente o clube no qual pode vir a trabalhar. "O Atlético tem tudo isso. E também um público maravilhoso."

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