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Série já vendeu mais de 4 milhões | Divulgação/Redoctone
Série já vendeu mais de 4 milhões| Foto: Divulgação/Redoctone

Repercussão

"A nossa equipe correu, lutou, não deixou de buscar o gol, mas o jogador deles teve sorte e fez o gol", minimizou o volante Alan Bahia, visivelmente contrariado com a derrota diante do Fluminense e a desclassificação na Copa do Brasil. Entre os demais jogadores, o sentimento era o mesmo.

Leia a opinião de Marcão e Nei a respeito do revés na Arena

Para Vadão, expulsão foi determinante para o resultado

O técnico do Atlético Paranaense Oswaldo Alvarez, o Vadão, procurou mostrar otimismo e muito foco com o restante da temporada deste ano após a prioridade do primeiro semestre, a Copa do Brasil, escapar.

"Eles marcaram bem e nós não conseguimos jogar. Foi um jogo truncado e equilibrado. Não estávamos saindo pelas laterais que era o nosso forte. Tivemos dificuldades, mas foi fundamental a saída do Guilherme", analisou.

Confira a entrevista completa do treinador

Uma vitória simples ou o empate sem gols levariam o Atlético Paranaense às semifinais da Copa do Brasil, feito inédito na história do clube. Porém, nem mesmo a torcida atleticana, que tomou a Arena da Baixada, e a mística do palco do jogo diante do Fluminense foram suficientes para a equipe, que perdeu por 1 a 0 e está fora do torneio, tido como a prioridade do primeiro semestre atleticano.

Apesar de ter jogado com um a menos a maior parte da partida, o Furacão não mostrou um bom futebol, com alguns breves lampejos do toque de bola que levou a equipe paranaense até as quartas-de-final da competição. A ausência do atacante Denis Marques foi muito sentida, e com a necessidade de marcar pelo menos um gol para ter chances, os cariocas tomaram a iniciativa na maior parte do jogo.

As melhores oportunidades foram do Tricolor das Laranjeiras, que poderia até ter aberto o marcador no primeiro tempo, mas só conseguiu o tento salvador com Adriano Magrão, que entrou na etapa complementar, aproveitando bola espirrada da dividida entre Lenny e Alan Bahia.

Com o resultado, a competição que poderia levar o Furacão a sua quarta Taça Libertadores da América acabou para os atleticanos. Já o Fluminense está na semifinal e vai enfrentar o Brasiliense.

Furacão joga feito brisa e sofre sufoco

Os primeiros 45 minutos prometiam um jogo aberto, com o Fluminense buscando o gol (já que o 0 a 0 classificaria o Atlético), enquanto o Furacão, empurrado pela sua torcida, iria fazer valer a mística de que na Arena, na qual a equipe cresce e encurrá-la o adversário. Era o que se pensava, pelo menos antes da bola rolar. Quando Alex Dias e Rafael Moura tocaram na bola e deram início ao jogo, o que se viu foi muito diferente.

Os atleticanos no primeiro tempo não se encontraram. Sem Denis Marques, vetado mais uma vez por conta de uma lombalgia, Ferreira ficou como parceiro de Alex Mineiro no ataque, com a entrada de Netinho no meio. Porém, o que se viu foi um Alex Mineiro isolado, sem que a bola chegasse. Antes do jogo, o técnico Vadão afirmou que o meia colombiano deveria "flutuar" no ataque, mais ou menos como Denis Marques joga. Mas Ferreira voltava para buscar o jogo, com Netinho ficando perdido em campo.

Se ofensivamente o Furacão estava mais para uma leve brisa, no meio-campo, Evandro errava muitos passes, com um amplo domínio dos cariocas no setor, ganhando todos os rebotes. Como resultado disso, os comandados de Renato Gaúcho cumpriram na etapa inicial a promessa de não jogar com medo do Atlético. Pelo contrário, o Tricolor das Laranjeiras teve mais posse de bola e algumas ótimas chances de abrir o marcador.

Se a situação parecia ruim para os rubro-negros, piorou aos 24 minutos, quando o goleiro Guilherme foi expulso, após evitar o gol do Flu tocando com as mãos fora da área. Assim, o colombiano Julian Viáfara "entrou em uma fria", literalmente, para logo fazer uma boa defesa na falta cobrada por Arouca. Se na sua primeira intervenção o ex-arqueiro do América de Cali-COL foi bem, no fim do primeiro tempo ele quase entregou o ouro. Em bola recuada, Viáfara errou o chute e entregou de graça para Rafael Moura, que driblou o goleiro, e bateu para o gol. Danilo, na cobertura, desviou milagrosamente, evitando o gol carioca.

Desastre vem no 2.º tempo

Com a necessidade de fazer pelo menos um gol, era de se esperar que o Fluminense voltasse com ainda mais ímpeto para atacar no segundo tempo. Entretanto, a entrada de Thiago Neves no lugar de Romeu pouco mudou o panorama da partida. A maior organização tática dos atleticanos na etapa complementar dificultou e equilibrou o jogo, com algumas oportunidades para ambos os lados.

Porém, o Furacão seguiu sem a força que se esperava do time dentro da sua casa. E sem atuar bem, a torcida também não incendiou o estádio como costuma fazer em decisões. A lentidão dos dois lados dava a impressão que, com um a menos, a igualdade sem gols seria o placar até o final. Mas as entradas de Lenny e Adriano Magrão devam novo fôlego aos cariocas.

Após Evandro marcar um gol para o Rubro-Negro em impedimento, e a arbitragem anular corretamente, o Flu partiu para o ataque, e conseguiu aproveitar um descuido do Atlético. Alan Bahia foi tirar a bola, Lenny dividiu com o volante e a pelota sobrou para Magrão, que não perdoou e abriu o placar. A partir dai, o Furacão mostrou mais vigor para buscar o empate que levaria a partida para os pênaltis, mas faltou pontaria. Quando o destino na bola era o gol, foi a vez do goleiro Fernando Henrique garantir o resultado para o Tricolor.

Os quatro minutos de acréscimo dados pelo árbitro Wilson Luiz Seneme pouco ajudaram. A eliminação acabou se consumando, para tristeza da massa atleticana que preparou uma festa na Arena.

Confira os principais lances da derrota do Atlético

ATLÉTICO 0 x 1 FLUMINENSE

Local: Arena da Baixada, em Curitiba-PR.Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa-SP).Auxiliares: Valter José dos Reis (Fifa-SP) e Emerson Augusto de Carvalho (SP).Cartões amarelos: Erandir (Atlético); Luiz Alberto, Júnior César, Romeu, Thiago Neves e Cícero (Fluminense).Cartão vermelho: Guilherme (Atlético).Gol: Adriano Magrão, aos 32 minutos do segundo tempo (Fluminense).

Atlético - Guilherme; Jancarlos, Danilo, Marcão e Nei, Alan Bahia, Erandir (Pedro Oldoni), Evandro (Válber) e Netinho (Viáfara); Ferreira e Alex Mineiro. Técnico: Oswaldo Alvarez.

Fluminense - Fernando Henrique; Carlinhos,Thiago Silva, Luiz Alberto e Júnior César; Fabinho (Lenny), Arouca, Romeu (Thiago Neves) e Cícero; Alex Dias e Rafael Moura (Adriano Magrão). Técnico: Renato Gaúcho.

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